Moody’s corta perspectiva de telecomunicações na AL para negativa

A agência de classificação de risco Moody’s informou nesta sexta-feira (7) que cortou para negativa a perspectiva para o setor de telecomunicações na América Latina.

Conforme relatório, a agência argumentou que as companhias do segmento precisarão retomar os investimentos paralisados por conta da pandemia de covid-19 já no próximo ano. Apesar disso, no cenário de longo prazo, a Moody’s espera que o setor de telecomunicações vá se beneficiar de fundamentos positivos.

“No longo prazo as empresas de telecomunicação da América Latina continuarão se beneficiando de fundamentos positivos que levarão ao crescimento sólido no consumo de dados, no entanto, os investimentos operacionais terão de retornar ao normal em 2021, pressionando a geração de caixa”, comunicou o diretor sênior de crédito da agência de classificação, Marcos Schmidt.

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Para o executivo, a métrica lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) menos o investimento operacional indica uma intensidade maior de capital em 2021, de modo a segurar a geração de fluxo de caixa, mesmo com a retomada do crescimento do Ebtida e das margens Ebtida em 2021 na esteira de fundamentos positivos para a indústria.

Moody’s prevê impacto da pandemia nos fundamentos das empresas de telecomunicações

A Moody’s ainda informou que espera riscos limitados de mudanças regulatórias abruptas no curto prazo, contudo espera que a pandemia de covid-19 afete os fundamentos das companhias de telecomunicações na América Latina.

A agência enxerga que, no Brasil, o setor tem apresentado força durante a crise do novo coronavírus, com uma taxa de penetração de serviços 4G relativamente alta. As empresas devem continuar investindo fortemente para atravessar o cenário e dar continuidade aos planos de expansão da rede de fibra óptica e melhorias de qualidade.

Além disso, o documento de análise sobre o setor de telecomunicações indica que a demanda por dados e serviços móveis deve continuar aumentando na América Latina, onde a baixa penetração de serviços de dados e TV por assinatura ainda oferecem benefícios incrementais conforme os consumidores migram para redes mais rápidas e orientadas a dados dentro da infraestrutura existente.

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Arthur Guimarães

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