Missão do FMI chegará na Argentina na próxima semana, diz Ministro

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, informou nesta quinta-feira (1) que uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegará ao país na próxima terça-feira (6), enquanto as negociações para implementar um novo programa de reestruturação da dívida externa do país ainda ocorrem.

A Argentina está em busca de um novo acordo com o FMI para substituir o programa de US$ 57 bilhões realizado em 2018 durante o governo de Mauricio Macri, que tinha a finalidade de impedir a desvalorização excessiva do peso argentino e de um novo calote da dívida.

“Há um diálogo constante e construtivo. Esta semana temos trabalhado de forma virtual com uma missão. Na terça-feira uma missão estará chegando”, declarou Guzmán em entrevista ao jornal local Ámbito Financiero.

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O governo argentino deve anunciar, nesta quinta-feira,  novas medidas econômicas focadas no setor agrícola, informou Guzmán, ressaltando que o “ajuste fino” da política econômica é necessário para impulsionar o crescimento, incluindo a harmonização das taxas de juros.

FMI não emprestará dinheiro à Argentina de “olhos vendados”, diz Georgieva

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, declarou na última quarta-feira (30), durante entrevista à agência Bloomberg, que a entidade não emprestará dinheiro à Argentina de “olhos vendados”, apesar do cenário de crise que o país vive, ainda mais prejudicado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o fundo deve ser cauteloso ao proporcionar um financiamento emergencial.

A entidade solicita detalhes sobre as últimas medidas anunciadas pelo governo argentino, como o novo orçamento para o próximo ano e os controles mais rígidos sobre o câmbio.

Saiba Mais: FMI não emprestará dinheiro à Argentina de “olhos vendados”, diz Georgieva

“Em tempos de crise, quando proporcionamos financiamento emergencial, temos que atuar realmente rápido. Isso não significa que estamos fazendo isso com os olhos vendados e sem prestar atenção em como o dinheiro está sendo gasto”, informou a economista. “Em todos os casos, analisamos a sustentabilidade da dívida. Alguns países são programas tradicionais de financiamentos. Agora vamos ter a Argentina”, concluiu.

Após conseguir reestruturar parte de sua dívida externa com credores privados, o país busca renegociar o acordo firmado com o FMI. Entre 2018 e 2019, o país recebeu US$ 44 bilhões em ajuda da entidade internacional.

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Rafaela La Regina

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