México prorroga o início de acordo de livre comércio com Brasil para 2023

O Ministério da Economia do México anunciou nesta quinta-feira (25) que o início do acordo de livre comércio com o Brasil foi prorrogado para 2023. Anteriormente, o pacto estava previsto para iniciar no dia primeiro de julho deste ano.

As autoridades do México mencionaram, durante o anúncio, a pandemia do coronavírus (covid-19), porém não foi estabelecida nenhuma relação direta entre a disseminação do vírus e o adiamento do acordo de veículos pesados entre os dois países.

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De acordo com a a Associação de Fabricantes de Veículos do Brasil (Anfavea), a prorrogação do livre comércio ocorrerá mediante o estabelecimento de um esquema provisório. A medida poderá envolver cotas ou regras de preferência até 2023, que seria o período de adiamento do acordo.

Em 2019, o Brasil produziu 7,5% mais caminhões quando comparado com 2018, totalizando 113.500 unidades, com 101.300 deles sendo destinados ao mercado interno. As exportações do segmento recuaram 45% em 2019, afetadas em parte pela crise na Argentina, um dos principais compradores de veículos do país.

Acordo de livre-comércio entre Brasil e México

A Anfavea preferia manter um sistema de cotas para o mercado de veículos entre os países. A associação considera haver desvantagens competitivas do País em relação aos mexicanos. A mudança vale apenas para automóveis e comerciais leves. Ônibus e caminhões serão inclusos a partir de 2020.

Veja também: Negociação sobre livre-comércio entre Brasil e México iniciará em outubro, diz jornal

O Brasil importa do México 14% menos que o máximo permitido pelas regras. Desse modo, só haverá impacto sobre o mercado caso houver crescimento da economia e a demanda de veículos aumentar. Além do mais, o novo tratado de livre-comércio aumenta o índice de conteúdo regional para 40% – proporção de peças dos carros fabricadas nacionalmente em cada um dos países.

Daniel Guimarães

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