Balanços da semana

Mercado financeiro reduz previsão de déficit nas contas públicas em 2019

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Economia apresentaram suas previsões sobre o orçamento do governo. Elas reduziram a projeção para o déficit nas contas públicas em 2019.

O déficit primário do Governo Central (isto é, Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), nas contas do mercado financeiro, cai de R$ 102,385 bilhões para R$ 99,560 bilhões neste ano.

Saiba mais: Reforma da Previdência: Bolsonaro define idades mínimas de novo regime

Os dados constam numa pesquisa mensal elaborada pela Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, com base em informações de instituições financeiras.

A meta calculada pelo governo é de um rombo aproximadamente de R$ 139 bilhões. O resultado primário é a soma de tudo que o governo arrecada menos as despesas, sem incluir no cálculo o custo dos juros.

Saiba mais: Brasil deve se tornar 8ª potência em energia eólica em 2026, diz estudo

A projeção do rombo para 2020 é menor. No ano que vem, é previsto que o déficit chegue a R$ 65,462 bilhões. Em janeiro passado, esse rombo estava calculado em R$ 68,778 bilhões. Ambos os resultados negativos estão em melhor situação do que o previsto pelo governo federal, que trabalha com uma meta de déficit fiscal de R$ 110 bilhões.

O cálculo das instituições financeiras consultadas pelo ministério para as despesas de 2019 passou de R$ 1,426 trilhão para R$ 1,423 trilhão. Para 2020, a previsão baixou de R$ 1,483 trilhão para R$ 1,482 trilhão. A receita líquida do Governo Central para 2019 ficou estimada em R$ 1,324 trilhão, ante R$ 1,322 trilhão. E, para 2020, passou de R$ 1,419 trilhão para R$ 1,417 trilhão.

Saiba mais: Moody’s não vê reforma da Previdência aprovada antes de julho

A previsão da dívida bruta do Governo Central também é menor. O mercado considera que ficará em torno de 78% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, contra uma previsão anterior de 78,2%. Para 2020, a projeção é de 79,3%, ante 79,8% numa conta anterior.

Saiba mais: ONS: Se economia crescer demais, setor energético terá de ser revisto

Guilherme Caetano

Compartilhe sua opinião