Mastercard envia ao BC arranjo para pagamento via WhatsApp

A Mastercard protocolou nesta quarta-feira (8) no Banco Central (BC) um modelo de arranjo de transferência para reverter a decisão da autarquia e prosseguir com o projeto de de pagamentos via WhatsApp no Brasil.

A bandeira de cartões informou que criou um arranjo de transferência, diferente do arranjo de pagamento onde não há uma empresa por realizar o comando para que o valor saia de conta conta para outra. Nesse sentido, o  documento reforçou a visão de que o WhatsApp, que pertence ao Facebook, é apenas um prestador de serviço, mantendo os padrões do acordo que tinha sido fechado entre as partes.

O modelo apresenta as tecnologias de Mastercard Send, a plataforma global interoperável que permite o envio rápido e seguro de fundos, além da Mastercard Digital Enablement Service (MDES), que protege os dados do cartão do consumidor e permite transações seguras e criptografadas.

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“Acreditamos que essa é a maneira mais direta e eficaz de avançar com o projeto e estamos confiantes que o modelo protocolado oferece os mais altos padrões globais de segurança, interoperabilidade e não discriminação entre os participantes do arranjo pagamento, endereçando as preocupações do regulador”, comunicou a Mastercard, em nota.

BC não proibiu pagamento por WhatsApp, diz presidente

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, que a autarquia não proibiu o serviço de operar no País. Para o economista, o WhatsApp poderia atuar no mercado brasileiro de pagamentos e transferências contanto que siga as mesmas normas de outras empresas.

Saiba mais: BC não proibiu pagamento por WhatsApp, diz Campos Neto

O novo modelo de transferências foi lançado em 15 de junho no Brasil, o primeiro país a receber o novo recurso, em parceria com a Cielo (CIEL3). Apesar disso, o sistema foi suspenso poucos dias depois pela autoridade monetária e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Campos Neto afirmou que os pagamentos via WhatsApp seriam aprovados assim que se comprovasse a garantia de proteção de dados e de prática competitiva. Uma das razões apontadas pelo presidente do BC foi o volume do negócio, que já começaria com a base do aplicativo no País de 120 milhões de usuários.

Arthur Guimarães

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