Marca Volkswagen não alcançou meta de margem em 2018, diz revista

Apesar do crescimento das receitas, a marca VW, carro-chefe da Volkswagen, viu seu lucro operacional cair e, de acordo com a revista alemã Spiegel, não conseguiu bater sua meta de margem em 2018.

A meta havia sido estipulada de 4% a 5% pelo presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, mas a margem operacional se afastou ainda mais dela. Caiu de 4,1% para 3,8%, ainda segundo a Spiegel, embora a pretensão do executivo seja aumentar o índice para 6% no médio prazo.

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A empresa marcou uma coletiva de imprensa a fim de falar sobre os resultados para a próxima terça-feira (12) e se recusou a falar com a revista antes disso. Na próxima (13), a Volks deve fazer outra coletiva para comentar os resultados da marca VW.

O balanço preliminar de 2018 foi divulgado na semana passada. Segundo o grupo, efeitos cambiais e problemas de oferta causadas por novas regras em testes de emissão de poluentes afetaram negativamente os números.

Vendas globais da Volkswagen diminuem 3,4% em janeiro

A Volkswagen informou em 13 de fevereiro que as vendas globais de veículos da empresa recuaram 3,4% em janeiro, quando comparadas ao mesmo período do último ano.

Em contrapartida, as vendas da Volkswagen no Brasil subiram 10,8% no período, assim como na Rússia, que apontou alta de 10,9%.

No entanto, mesmo com o bom desempenho de Brasil e Rússia, não foi possível compensar as quedas nas vendas da China (-3,1%), na Europa Ocidental (4,8%) e na América do Norte (8,6%).

A montadora alemã vendeu ao todo 515,5 mil unidades no mundo, menor que os 533,4 mil carros vendidos em janeiro de 2018.

“Como esperado, não fomos capazes de igualar o nível recorde de janeiro de 2018 neste ano”, disse por meio de nota, o diretor de vendas da Volkswagen, Jürgen Stackmann.

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Vendas mundiais da marca

A empresa vendeu um total de 26,4 mil unidades no Brasil durante o mês de janeiro. Entretanto, mesmo com forte crescimento nas vendas, o país não foi capaz de evitar a queda de 1,6% nas vendas da América do Sul.

No entanto, apenas a Argentina, registrou um recuo de 26,8%, por conta da crise econômica.

Na China, por conta das incertezas do cenário econômico, a alemã indicou que os consumidores resistiram em relação a compra de carros.

Além disso, a queda nas vendas da Europa Ocidental foi puxada pelo recuo de 9,2% das unidades comercializadas na Alemanha e em outros mercados. No entanto, tal baixa ofuscou os bons resultados de outros países, como:

  • França: 22,6%;
  • Reino Unido: 4,4%;
  • Itália: 9,6%;
  • Espanha: 6,6%.

Os números da Volkswagen na América do Norte foram afetados pela queda de 6,7% nas vendas nos Estados Unidos e recuo de 12,7% no México.

Guilherme Caetano

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