Lufthansa espera obter pacote de resgate do governo em breve

A conselho da Lufthansa comunicou neste domingo (03) que espera que as negociações acerca do pacote de resgate do governo sejam concluídas em breve. As informações foram divulgadas pela Reuters.

Conforme documento obtido pela agência, a Lufthansa acrescenta ainda que está considerando alternativas como proteção contra os credores.O setor de aviação foi dos mais afetados pelas medidas de isolamento para conter a disseminação do novo coronavírus (covid-19) e pela queda da demanda de serviços.

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A companhia alemã foi forçada a manter 700 aeronaves paralisadas, em função das proibições de viagens. Dessa forma, o grupo, que inclui empresas como Swiss e Austrian Airlines, observou uma queda de 99% no número de passageiros. O tombo na demanda levou a uma perda de cerca de 1 milhão de euros (equivalente a R$ 6,02 milhões na cotação atual) em reservas de liquidez por hora.

“Esperamos que estas conversas cheguem ao fim em breve”,afirmou o presidente executivo da Lufhtansa, Carsten Spohr, e membros do conselho da empresa em nota. Os diretores também acrescentaram que estão considerando alternativas, para o caso de suas expectativas virem a não se concretizarem, mas esperam não precisar delas.

“No entanto, continuamos convencidos de que não teremos que recorrer a alternativas, dadas as conversas com Berlim”, salientaram os diretores da companhia.

Lufthansa negocia acordo de resgate

De acordo com informações do periódico semanal, Der Spiegel, divulgados na última sexta-feira (30), a Lufthansa negocia um pacote de auxílio de 10 bilhões de euros com o governo. Em contrapartida, a companhia cederia uma fatia correspondente a 25,1% da empresa.

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Do total de 1o milhões referentes às negociações, 5,5 bilhões de euros seriam na forma de capital sem direito a voto. Segundo o periódico, o governo alemão objetiva um cupom de 9% dessa modalidade de participação.

Os outros 3,5 bilhões de euros restantes seriam disponibilizados pelo banco estatal Kreditanstalt für Wiederaufbau (KFW). O jornal ainda acrescentou que a Bélgica, a Áustria e a Suíça poderiam contribuir com o pacote de resgate a Lufthansa.

Arthur Guimarães

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