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Em recuperação judicial, Livraria Saraiva fecha mais três lojas

As coisas não vão bem para a Livraria Saraiva, a maior rede de livrarias do Brasil. A empresa fechou duas lojas na última sexta (15) e vai fechar uma terceira até o fim do mês.

As livrarias Saraiva de Copacabana, no Rio, e na Rua São Bento, em São Paulo, deixaram de funcionar nesta semana. A unidade do Shopping Higienópolis, também na capital paulista, opera até o fim de março.

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A rede registrou prejuízo de R$ 10,6 milhões em janeiro, amargando também uma diminuição de 64% das receitas líquidas. No mesmo período de 2018, a companhia tinha ganhos de R$ 5 milhões. As vendas líquidas da empresa foram de R$ 75,9 milhões no mês, bem abaixo dos R$ 211,6 milhões registrados em janeiro de 2018.

A empresa atribui a essa queda a descontinuidade da categoria de eletrônicos e informática, abandonada pela empresa em outubro. Essas categorias responderam por 32% na queda das vendas em janeiro. Nas categorias principais (livros, papelarias etc) o recuo foi de 57%.

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“A Saraiva está em constante avaliação da operação de sua rede de lojas, considerando aberturas, reformas e fechamentos, como parte de seu plano de manter sua operação saudável”, informou a empresa em comunicado.

Em novembro, o Tribunal de São Paulo aceitou o pedido de recuperação judicial da Saraiva. A empresa tentava reestruturar uma dívida no valor de R$ 675 milhões. Assim, o juiz responsável pelo caso suspendeu por 180 dias as ações e execuções contra a Saraiva, “para que os credores não destruam o valor da organização empresarial”.

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No mês anterior, a Saraiva anunciou o fechamento de 20 lojas em todo o País, desligando cerca de 700 funcionários. Atualmente presente em 17 estados, a livraria foi fundada em São Paulo há 105 anos.

Guilherme Caetano

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