Lemonade, startup apoiada por SoftBank, abre capital na Nyse

A startup de seguros Lemonade, apoiada pelo SoftBank , abriu capital nessa quinta-feira (2) na Bolsa De Valores de Nova Iorque (Nyse, sigla em inglês) e levantou, aproximadamente, de US$ 319 milhões (cerca de R$ 1,595 bilhões). Além disso, a startup foi avaliada em US$ 1,6 bilhão enquanto o preço das ações ficou em US$ 29 (cerca de R$ 155,19).

A Lemonade foi fundada em 2015 por Daniel Schreiber e Shai Wininger, e desde então já recebeu cerca de US$ 480 milhões em investimentos de instituições como o SoftBank, Allianz, Sequoia Capital e Aleph. Assim, a multinacional japonesa possui 21,8% da startup.

Em abril de 2019, a seguradora havia recebido US$ 300 milhões dos investidores, enquanto conseguiu faturar US$ 67,3 milhões no acumulado do ano passado. O resultado é 200% maior do que o faturamento em 2018 (US$ 22,5 milhões).

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Em contrapartida, a startup ainda anota prejuízo ao invés de lucro. Em 2019 perdeu cerca de US$ 108,5 milhões, ao passo que em 2018 as perdas alcançaram US$ 52,9 milhões. Já entre janeiro e março desse ano, perdeu US$ 36,5 milhões.

A companhia do ramo de seguros salientou que “temos um histórico de perdas e podemos não alcançar ou manter a lucratividade no futuro”.

Além disso, a companhia foi uma das primeiras nos Estados Unidos a tornar digital todo o processo de compra e venda de seguros. Vale destacar que a empresa usa inteligencia artificial para analisar as propriedades para que presta serviço.

A Lemonade ainda contribui com instituições de caridade, doando o que recebe e ficando apenas com o montante que cubra seus custos de operações.

SoftBank registra prejuízo líquido de US$ 9 bilhões

O SoftBank anotou prejuízo líquido de US$ 9 bilhões no ano fiscal encerrado em março deste ano. Esse é o pior resultado da companhia em seus quase 40 anos de história.

O Vision Fund, seu braço investidor, junto a outros fundos focados em startups de tecnologia do SoftBank, registrou uma perda de US$ 16,8 bilhões.

No mês passado, o CEO do SoftBank, Masayoshi Son, disse que cerca de 15 empresas apoiadas pelo fundo irão à falência por causa dos efeitos da crise. Além disso, em recente entrevista à Forbes, o executivo disse que o fundo não realizará novos aportes para empresas próximas a falência, se concentrando apenas em salvar suas apostas fundamentais.

Laura Moutinho

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