Leilão da Oi (OIBR3) atrai Piemonte, Pátria e Highline; disputa ocorre hoje

O leilão de data centers e torres de telefonia móvel da Oi (OIBR3; OIBR4), em recuperação judicial, acontece nesta quinta-feira (26). As propostas deverão ser apresentadas na sala de audiências da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19) as audiências acontecerão de forma virtual.

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Segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”, o primeiro irá acontecer às 14h30, com a oferta de cinco data centers da Oi. Esse ativo recebeu o lance da Piemonte Holding, gestora que possui uma carteira de R$ 120 milhões investidos no ramo de data centers. A proposta consiste em R$ 325 milhões pelos cinco ativos.

Já o segundo, deverá acontecer por volta das 15h e será leiloado 637 torres móveis e 22 antenas. A Highline Brasil apresentou um lance de R$ 1,067 bilhão. Além da Highline, o fundo Pátria Investimentos também apresentou uma proposta por esses ativos, segundo o jornal “Valor Econômico”.

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Antes, as informações eram de que apenas a Highline havia apresentado uma proposta para os ativos da operadora para o leilão de hoje. No entanto, além da Piemonte, o fundo Pátria Investimentos também se habilitou para fazer a oferta. Segundo o jornal, a proposta do Pátria é pelas torres da Oi e foi feita por meio de um de seus fundos de infraestrutura. É válido lembrar que o fundo vendeu ano passado a Highline para o Digital Colony.

A Highline é controlada pelo fundo norte-americano Digital Colony, especialista no ramo de infraestrutura digital, com mais de US$ 20 bilhões em investimentos globais no setor. A subsidiária é desconhecida do grande público já que não atende o consumidor final — ela opera com apenas com a infraestrutura de telecomunicações, como redes e antenas, as quais são contratadas pelos provedores.

Dessa forma, até o prezado momento, o leilão contará apenas com a participação dessas três empresas. O prazo para formalização das ofertas se encerraram em 19 de novembro, um mês após a publicação do edital. No entanto, fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que o edital não obrigava a tele a comunicar eventuais manifestações de interesse pelas torres e data centers.

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Os ativos leiloados pela Oi têm uma rede de 388 mil quilômetros de fibra ótica e cobertura em 2,3 mil cidades do país. A estrutura possui uma rede neutra de transmissão de dados, o que pode atender as operadoras nacionais ou regionais, além do principal cliente que é a própria Oi. O ativo também poderá dar suporte à tecnologia 5G no futuro. A tele avalia sua rede fixa em R$ 20 bilhões

Venda de ativos da Oi

A Justiça já datou os dois leilões da Oi. O primeiro de torres e data centers está marcado para acontecer hojee o segundo, da operação de telefonia móvel, está previsto para 14 de dezembro.

A operadora estima arrecadar R$ 26,9 bilhões com a venda de cinco grandes blocos de ativos. Ademais, R$ 16,5 bilhões é o valor proposto pelo consórcio formado pelas operadoras Vivo (VIVT4), Tim (TIMS3) e Claro pelos ativos de telefonia móvel.

Em setembro, após a reunião de novo plano de recuperação judicial, ficou acordado a venda de redes móveis, torres, data centers e parte da rede de fibra ótica. Os recursos obtidos por meio dos leilões da Oi serão destinados a pagamentos antecipado de dívidas, com cortes dos valores na faixa de 50% a 55%.

Com a venda desses ativos a empresa vai encolher. Por outro lado, vai focar em um segmento que será mais rentável para ela. Os analistas consultados para a matéria “Vale a pena comprar Oi?”, apontam que a Oi caminha para a retomada da lucratividade. 

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Poliana Santos

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