JPMorgan sugere que Apple deveria comprar Netflix

O banco JPMorgan sugeriu na última segunda-feira (04) que a Apple deveria comprar Netflix.

O banco de investimentos divulgou um relatório em que também explica como a fabricante do iPhone poderia adquirir a desenvolvedora de jogos Activision Blizzard. Além disso, o JPMorgan sugeriu para a Apple a aquisição da fabricante de auto-falantes Sonos.

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Segundo o JPMorgan, a gigante fundada por Steve Jobs deveria usar reservas para investir em empresas estratégicas. Para o banco de investimentos, esses recursos deveriam ser utilizados para adquirir empresas atuantes no mercado de serviços.

Segundo a JPMorgan, esse é o “momento oportuno” para se concentrar no crescimento potencial desse mercado. Isso porque muitas das ações dos grandes nomes do mercado de tecnologia estão sendo negociadas a valores menores do que a alta registrada em 2018.

A Apple atua no segmento de serviços com funções como Apple Pay, Apple Music e iCloud. Esse setor cresceu 19% no último trimestre do ano passado, alcançando o valor recorde de US$ 10,9 bilhões.

A Apple possui cerca de US$ 245 bilhões em reservas para investimentos. Esse valor é mais do que suficiente para comprar o Netflix, que vale por volta de US$ 145 bilhões. Os restantes 100 bilhões poderiam ser utilizados para comprar a Blizzard, que vale apenas US$ 35,6 bilhões. E, ainda assim, sobrariam recursos para adquirir a montadora Tesla, que vale US$ 53 bilhões.

“Nós acreditamos que eles [os investidores] esperam que a empresa use a força apresentada na folha de balanço para proteger os negócios contra disrupções comuns no mercado de tecnologia, algo que a Apple já fez no passado”, escreveu no relatório o analista da JPMorgan Samik Chatterjee, “O streaming de vídeo, incluindo conteúdo de vídeo original, é um mercado altamente competitivo com empresas de mídia já estabelecidas e novos entrantes brigando agressivamente por assinantes. Por isso, seria difícil escalar uma nova plataforma para competir efetivamente”.

Apple em dificuldades

No início de 2019 a Apple surpreendeu negativamente o mercado anunciando a queda no faturamento e redução no número de iPhones vendidos. A gigante californiana explicou que “não previu a magnitude da desaceleração da economia, em especial na Grande China” e nos mercados emergentes.

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No quarto trimestre de 2018 Apple amargou uma redução de 15% das vendas de seus aparelhos em relação a 2017. Essa foi a primeira queda no faturamento da empresa desde 2000. E é ainda mais preocupante pois ocorre em um período importante para o varejo por causa das vendas de final de ano.

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A Apple já anunciou que planeja reduzir o preço de alguns modelos de iPhone fora dos Estados Unidos. Essa seria uma forma de minimizar o impacto da valorização do dólar sobre as moedas locais. Entretanto, a empresa fundada por Steve Jobs não especificou em quais mercados isso ocorreria.

Carlo Cauti

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