Joaquim Levy diz que BNDES depende de forma ‘exagerada’ do Tesouro

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse nesta segunda (7) que a empresa depende de forma exagerada dos recursos do Tesouro.

A fala de Joaquim Levy foi feita durante a cerimônia de posse dos novos presidentes dos bancos públicos. Além dele, Rubem Novaes foi empossado no Banco do Brasil e Pedro Guimarães, na Caixa Federal. O evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para ele, o BNDES precisa combater o que chamou de patrimonialismo e distorções de governos anteriores para trabalhar em meio a “um novo ciclo de investimentos”. Joaquim Levy foi o ministro da Fazenda de Dilma Rousseff em 2015.

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“[Precisamos] adequar o nosso balanço que hoje depende em uma proporção exagerada, embora menos do que há quatro anos, dos recursos do Tesouro. E tem que ser adequados para que se tenha o adequado retorno para a população”, declarou.

O BNDES conta hoje com um cronograma de repasses de recursos ao Tesouro Nacional. Mas o novo governo pretende acelerar o ritmo dessas devoluções. Esse processo deve ser acompanhado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), segundo Levy. Ele também afirmou que o banco precisa continuar atendendo às necessidades da população em uma economia que será mais aberta ao setor privado.

“Falamos de um novo ciclo de desenvolvimento, com a economia mais aberta e mais espaço ao setor privado e ao mercado de capital”, declarou. Além disso, Joaquim Levy disse que o BNDES deve desenvolver novas ferramentas para trabalhar com o mercado. “Tem que ser transparência, ética e responsabilidade. Essa é a forma de trabalhar no setor público. Vamos trabalhar para ter mais liberdade, crescimento e desenvolvimento para todos”, afirmou.

Guilherme Caetano

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