JHSF responde acusações de sócio dos restaurantes Gero e Fasano

O sócio da JHSF (JHSF3), Alexandre Accioly, acusou os sócios José Auriemo Neto e Rogério Fasano de terem praticado “manobras para enriquecer ilicitamente à custa da empresa”. A incorporadora, então, resolveu responder a acusação e fez um comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no último domingo (5).

Accioly afirma que está sendo impedido de exercer “o direito de fiscalizar a gestão do negócio” com o Gero e o Fasano. Além disso, o sócio da JHSF afirmou que foram praticadas “uma série de atos lesivos aos interesses da Gero Rio (empresa na qual possui 40% de participação)”.

No Rio de Janeiro, o grupo possui o hotel Fasano, localizado em Ipanema, o Gero Ipanema, Gero Trattoria, Gero Trattoria Barra e o Fasano Angra dos Reis.

A JHSF, em nota, informou que os sócios (JHSF, HMI e Rogério Fasano) “envidaram esforços para que discórdias com AA (Alexandre Accioly) fossem sanadas profissionalmente, porém, em 23/12/19, a companhia tomou conhecimento que AA, de forma surpreendente e contrária à busca de uma solução amigável para o tema, ingressou com pedido de arbitragem” no judiciário. O comunicado foi assinado por Thiago Alonso de Oliveira, executivo-chefe da JHSF.

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“É sabido que AA busca sair das Sociedades RJ e vem promovendo um cenário de disputa para alavancar a sua posição nas sociedades”, informa a nota. “Os sócios enfatizam que não compactuam com esse tipo de conduta”, comunicou a empresa, deixando claro que Alexandre Accioly só tem participação com a JHSF nos restaurantes Gero e Fasano do Rio.

Emissão de debêntures da JHSF

O conselho administrativo da JHSF informou no dia 5 de dezembro, por meio de fato relevante, que aprovou a emissão de até R$ 120 milhões em debêntures. Além disso, a empresa afirmou que o prazo de vencimento será de 10 anos.

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De acordo com a JHSF, os recursos advindos da operação serão utilizados no pagamento de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) que a empresa adquiriu em leilão realizado pela Prefeitura de São Paulo.

“Os CEPACs serão utilizados em imóvel que a companhia e permutantes formaram na Avenida Brigadeiro Faria Lima, próximo aos prédios onde funcionam os principais agentes do mercado financeiro brasileiro”.

A JHSF também salientou que será erguido um empreendimento comercial com cerca de 12.800 metros quadrados de área.

“Uma vez obtido o alvará de funcionamento para o empreendimento, os CRIs serão resgatados e convertidos, mandatoriamente, em participação no empreendimento, que será necessariamente desenvolvido e gerido pela JHSF3”, concluiu a empresa em nota.

Juliano Passaro

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