Japão anuncia pacote de estímulos de 20% do PIB contra coronavírus

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou nesta segunda-feira (6) um pacote de estímulos equivalente a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O primeiro-ministro afirmou que seu governo tomará “todas as medidas” para combater os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Segundo dados do levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, o Japão tem 3.654 casos confirmados e 85 mortes.

O pacote de estímulos econômicos supera os adotado durante a crise financeira de 2008/09, que totalizou 56 trilhões ienes e 15 trilhões de ienes com gastos fiscais. A medida para combater a crise do coronavírus somará 109 trilhões de ienes (R$ 5,232 trilhões). O texto tem previsão de ser aprovado pelo gabinete nesta terça-feira (7).

“Decidimos adotar um pacote econômico de escala maciça e inédita no valor de 109 trilhões de ienes, ou 20% do PIB, após o dano imenso do novo coronavírus na economia”, declarou Abe, após se reunir com parlamentares veteranos do partido governista.

Detalhes do pacote do Japão

O montante pode incluir medidas econômicas anteriores avaliadas em cerca de 26 trilhões de ienes. As ações foram adotadas no final do ano anterior para lidar com a crise do guerra econômica em entre os Estado Unidos e a China.

Para analistas do mercado, a verba acabou sendo maior do que a quantia necessária. Isso levou a uma sensação de segurança entre as pessoas que enfrentam a redução da renda e o confinamento.

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“Pode haver um impacto limitado no estímulo ao consumo, dado que muitas pessoas estão deixando de ir às compras”, afirmou Masaki Kuwahara, economista sênior da Nomura Securities. “Mas isso pode evitar um efeito secundário no agravamento da economia”.

O primeiro-ministro afirmou que o pacote conta com mais de 6 trilhões de ines para lares e pequenas e médias empresas que enfrentam dificuldades na crise.

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O governo também providenciará arranjos para permitir que pequenas e médias empresas emprestem de certas instituições financeiras a taxa de juros zero.

Além disso, o pacote ainda prevê um período de carência para o pagamento de impostos às empresas com problemas financeiros. Assim como, a injeção de 26 trilhões de ienes voltados para programas sociais a fim de ajudá-las a manter os negócios em operação.

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Arthur Guimarães

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