J.P. Morgan revisa projeção do Ibovespa de 126 mil para 80.500 pontos

O J.P. Morgan informou nessa quarta-feira (25) em um relatório que revisou negativamente a projeção do principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, o Ibovespa, de 126 mil para 80.500 pontos. A revisão foi motivada pelos impactos econômicos da crise do coronavírus.

O J.P. Morgan salientou que a crise do coronavírus atingirá empresas e essas não obterão lucro suficiente para para sustentar a alta do Ibovespa.

O banco ainda informou que a inflação tende a permanecer baixa até maio. A previsão tem base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) que caiu para 0,02% em março.

Visto que em fevereiro o IPCA era 0,22%, o J.P. Morgan esperava uma queda para 0,16%. Em relatório o banco afirma surpresa em relação a previsão. Já para os meses de abril e maio a instituição financeira  prevê queda no IPCA de 0,06% e 0,01% respectivamente.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-2-1.png

O Banco salientou que: “no futuro, acreditamos que a inflação permanecerá baixa no curto prazo por duas razões principais. Primeiro, a Petrobras reduziu os preços no atacado da gasolina em mais de 35% neste mês, o que deve reduzir os preços dos combustíveis nos próximos meses. Segundo, com vários preços de serviços indisponíveis devido às medidas de contenção em vigor, a inflação de serviços também tende a ser baixa”.

J.P. Morgan prevê recessão no Brasil

Os economistas do banco informaram que o Brasil pode não ser capaz de evitar uma recessão no primeiro semestre desse ano. De acordo com o J.P. Morgan a condição da economia dependerá da velocidade com que a pandemia do coronavírus avance no País.

Segundo a instituição financeira norte-americana, o choque causado pelo avanço da doença oriunda da China tem afetado os mercados mais do que em outro momento. Além disso, as condições financeiras mais rígidas devem ter uma maior influência sobre o crescimento econômico do Brasil, o que poderia levar a uma recessão.

O J.P. Morgan, inclusive, não crê mais que o Banco Central (BC) tenha mais espaço para mexer na política monetária no curto prazo. Atualmente, o banco diz que espera que novos cortes na taxa básica de juros (Selic) “apenas quando a tempestade tiver passado”.

Laura Moutinho

Compartilhe sua opinião