Itaú revisa para baixo inflação em 2020; variação do IPCA deve ficar em 1,8%

O Itaú cortou a estimativa para a inflação em 2020. A variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 1,8%, de acordo com o banco. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (5).

A projeção anterior feita pelo Itaú para o IPCA neste ano era de 2%. O Itaú também previu que o Conselho Monetário Nacional (CMN) irá definir a meta da inflação em 2023 em 3,25% ou 3%.

“Parte do reajuste decorre da decisão da Aneel de manter o patamar de bandeira verde nas contas de energia elétrica ao longo do ano”, afirmou o Itaú na revisão feita para este ano. Segundo as previsões do banco, haverá uma deflação no segundo trimestre, o que levará, possivelmente, a inflação do primeiro semestre para uma variação próxima a zero.

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O banco também diminuiu a projeção para a inflação em 2021. A variação que era de 3% caiu para 2,8%. “Acreditamos, contudo, que o balanço de riscos, neste momento, permanece indicando algum viés de baixa para a nossa projeção (de IPCA)”, afirmou o Itaú.

Mesmo com a queda nas expectativas para alta dos preços, o Itaú permaneceu com a mesma projeção para a Selic 2020, mantendo o valor de 2,25% ao ano e 3% a.a em 2021. O banco estima que haverá um corte de 0,75% na próxima reunião do Copom, que será realizada neste mês. Vale destacar que, atualmente, a Selic está a 3% ao ano.

“Por se tratar de um território desconhecido, acreditamos que o Banco Central deve atuar com cautela para evitar o risco de flexibilização monetária excessiva, o que poderia afetar preços de ativos de forma que restrinja as condições financeiras, tornando-se contraproducente”, comunicou o Itaú.

As previsões do Itaú para o PIB e para o dólar permaneceram as mesmas da última projeção.

Juliano Passaro

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