IRB (IRBR3): Polícia Federal faz operação na sede da resseguradora

Atualização em 25 de agosto de 2021: O Superior Tribunal de Justiça anulou a busca e apreensão e as provas derivadas contra Fernando Passos por problemas na fundamentação, baseada apenas na declaração de colaboradores.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (12) a operação Suitcase para investigar práticas de corrupção ativa e passiva, cumprindo mandados de busca e apreensão no Ceará e em São Paulo.

Na capital paulista, o endereço visitado foi a sede do IRB Brasil Re (IRBR3), na avenida Faria Lima, segundo informou o jornal “Valor Econômico”. O IRB, em nota, afirmou que o caso não está relacionado a empresa.

De acordo com o jornal, o alvo do mandato em São Paulo era o ex-vice-presidente financeiro do IRB, Fernando Passos. Ao “Valor”, Passos negou que seja o alvo. Ele acabou renunciando ao cargo na semana passada após o imbróglio com a Berkshire Hathaway.

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A PF informou que a investigação veio do desmembramento de uma ação que tramitou perante o Supremo Tribunal Federal (STF) acerca de uma delação premiada de dois colaboradores.

Os colaboradores “citaram um ex-diretor do Banco do Nordeste, que teria recebido R$ 200 mil em espécie, que lhe foram entregues numa maleta em um hotel de Fortaleza”, informou a PF.

Segundo o “Valor”, Fernando Passos era alvo de um processo envolvendo sua passagem pelo BNB até o fim de 2019. Ele foi diretor financeiro e de crédito do banco de 2011 a 2014, quando foi para o IRB.

IRB enfrentou polêmica com empresa de Buffett

O IRB vem enfrentando um período de forte desvalorização na bolsa de valores de São Paulo (B3). A expressiva queda começou após uma nota divulgada pelo fundo norte-americano Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, desmentindo a participação na empresa.

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Desde a última semana, quando o jornal “O Estado S.Paulo” divulgou o suposto aumento participação da empresa de Buffett na resseguradora brasileira, os papéis da companhia operam com alta volatilidade.

Em uma teleconferência com analistas, os executivos da empresa haviam confirmado a participação da Berkshire, o que caiu por terra após a nota da companhia estadunidense.

Além disso, os representantes da empresa salientaram que a advogada Márcia Cicarelli, representante da Berkshire Hathaway no Brasil, tinha sido indicada no Conselho Fiscal da resseguradora. Todas essas informações tinham sido divulgadas em exclusividade pelo “O Estado de S.Paulo”.

Vinicius Pereira

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