Balanços da semana

IRB Brasil (IRBR3) tem prejuízo de R$ 392,5 milhões entre abril e maio

O IRB Brasil (IRBR3) relatou nesta segunda-feira (3) que teve prejuízo de R$ 392,5 milhões no bimestre abril-maio, segundo publicado pela empresa em periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados (Susep), por meio do Formulário de Informações Periódica (FIP). De acordo com a companhia, o prêmio de competência, também conhecido como prêmios ganhos, foi de R$ 1,58 bilhão, mas os sinistros retidos foram de R$ 1,354 bilhão – o que representa cerca de 123% de sinistralidade.

Para tentar dar maior transparência a divulgação, o IRB disponibilizou uma planilha com dados financeiros referentes aos meses de janeiro a maio, segundo o “Valor”. Em junho, a empresa anunciou que descobriu fraudes de até R$ 60 milhões.

Os dados divulgados pela resseguradora não foram auditados e estão sujeitos a alterações. Para junho, o IRB prevê que os resultados sejam semelhantes aos de abril e maio, com uma “acentuada tendência de deterioração da relação sinistros/prêmios por motivos significativamente fora do padrão”.

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Além disso, a companhia de resseguros afirmou também que deverá sair dos negócios com baixa margem.


“Com isso deveremos apresentar uma redução profícua de prêmios no mercado internacional e de resultados notadamente com margem de contribuição negativas. Espera-se que o runoff desses negócios e seus efeitos sejam de ‘cauda de curto prazo essencialmente’ em termos de resultados, e terão seus efeitos apresentados separadamente por ocasião das próximas informações trimestrais”, informou a companhia.

IRB passa por período turbulento

O IRB passa por momentos turbulentos desde que a gestora Squadra montar uma posição short, ou “vendida” (uma posição que lucra quando o preço da ação cai), em relação aos papéis da IRB. Com a posição já montada, a gestora divulgou dois relatórios, um no dia 2 e outro no dia 9, apontando possíveis problemas contábeis na gestão da resseguradora.

Depois disso, a empresa se viu no meio de uma investigação que consistia em identificar os responsáveis por dar falsas informações sobre uma suposta participação da Berkshire Hathaway na resseguradora.

Com isso, novas irregularidades foram descobertas. O montante identificado nos supostos atos corruptos que, de acordo com informações do Estadão, estariam ligados a venda de imóveis, é de cerca de R$ 60 milhões, que culminou na troca da diretoria do IRB.

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Vinicius Pereira

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