IRB Brasil (IRBR3) opera em queda em meio a questionamentos sobre relatório

As ações do IRB Brasil (IRBR3) operam em queda na manhã desta quinta-feira (15). Por volta das 11h25, os papéis da resseguradora recuavam 1,12%, negociados a R$ 7,10, ainda sob efeito do relatório do UBS BB acerca das operações da empresa. No mesmo horário, o Ibovespa caía cerca de 1,3%, a 98.017,19 pontos.

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Na noite de 5 de outubro, o UBS retomou a cobertura dos papéis do IRB, recomendando venda com o preço-alvo de R$ 4,60 — a recomendação anterior era de compra, com preço-alvo de R$ 48. No pregão do dia seguinte, os papéis da empresa tombaram 17%.

Segundo o jornal “Valor Econômico”, em publicação nesta quinta-feira, após questionamentos de investidores da resseguradora a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo para analisar o relatório da instituição.

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Investidores do IRB e agentes do mercado levantaram indagações sobre o documento, sobretudo nas redes sociais, alegando que o relatório é “tendencioso”, já que o IRB possui um alto número de posições “vendidas”, ou seja, que apostam na queda do preço das ações. Vale pontuar que a recomendação da instituição não é a mais baixa do mercado — após a divulgação do último balanço da empresa, o Citi estipulou um preço-alvo de R$ 4 para os papéis.

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No documento, os analistas do banco afirmaram que a recontrução da companhia pode levar algum tempo, uma vez que a empresa vem tentando superar problemas de governança corporativa, que resultaram em mudanças na administração e revisões contábeis nos últimos meses.

Relatório causa forte volatilidade nas ações do IRB

O IRB comunicou, na quarta-feira da última semana, que foi novamente questionado pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) acerca de oscilações atípicas em suas ações. A operadora da bolsa brasileira questionou a empresa sobre o número de negócios e a quantidade negociada nos pregões daquela semana, e solicitou à resseguradora algum fato que possa justificar esses movimentos.

A empresa já havia sido contatada pela B3 no fim do mês passado; à época, a empresa disse que não tinha conhecimento de qualquer ato ou fato relevante pendente de divulgação que pudesse justificar as variações atípicas. A companhia, então, disse que o único fato, “de seu conhecimento, que pode ter contribuído com a referida oscilação das ações da companhia foi a publicação” do relatório do UBS.

Os papéis do IRB apresentaram grande instabilidade nos últimos 30 dias. Do dia 21 de setembro a 5 de outubro, as ações da empresa se valorizaram 59% — desde então, já caíram mais de 22%.

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Jader Lazarini

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