IRB Brasil (IRBR3) dispara 11% após anúncio de novas debêntures

As ações do IRB Brasil (IRBR3) dispararam após a abertura do pregão nesta terça-feira (3). Os investidores veem com otimismo a nova emissão de debêntures da companhia, divulgada antes do início das negociações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Os papéis da resseguradora chegaram a subir 11,4%, para R$ 6,84, mas arrefeceram o movimento e operam em alta de 9,45%, por volta das 12h27. O Ibovespa abriu em alta de 1,9%.

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Antes da abertura do mercado, o IRB informou que seu Conselho de Administração aprovou, em reunião extraordinária, a segunda emissão de debêntures da companhia, que podem movimentar até R$ 300 milhões. Serão emitidos 300 mil papéis de crédito privado, com valor unitário de R$ 1 mil.

A oferta da resseguradora é baseada na Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ou seja, destinada para investidores profissionais com esforços restritos. Com isso, a empresa está dispensada de registro de distribuição pública da oferta junto à autarquia.

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O anúncio da segunda emissão dos papéis de renda fixa vem logo após a conclusão da primeira operação dessa natureza. Na última quarta-feira (28), a companhia disse que havia encerrado a primeira emissão de debêntures, levantando R$ 597,43 milhões.

Segundo a empresa, o capital levantado com a oferta será utilizado para reenquadrar a companhia nos critérios definidos pela Superindentência de Seguros Privados (Susep) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com o intuito de uma maior cobertura de suas provisões técnicas e da margem adicional de liquidez regulatória. A resseguradora também procura fortalecer sua estrutura de capital.

O objetivo inicial da empresa, segundo o jornal Valor Econômico, era captar até R$ 900 milhões com a operação, mas esse montante não foi atingido junto ao mercado — o preço unitário dos papéis de crédito privado foi definido por bookbuilding.

Em agosto, o IRB registrou um prejuízo líquido de R$ 65,4 milhões, em mais uma divulgação periódica dos resultados, que atende as exigências do plano de contas exigido pelo órgão regulador, segundo a companhia. Em função dos problemas administrativos e balanços negativos, os papéis da empresa apresentam uma desvalorização de 80% nos últimos 12 meses — somente na última semana, as ações despencaram 10%.

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Jader Lazarini

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