IPO da Lojas Quero-Quero (LJQQ3): saiba tudo sobre essa abertura de capital

A Lojas Quero-Quero vai realizar sua Oferta Pública Inicial (IPO) no dia 10 de agosto. A empresa gaúcha do setor de varejo de construção pediu o registro para a abertura de capital no dia 17 de junho. Após a operação, as ações da empresa serão listadas no segmento Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com o código “LJQQ3”.

A Lojas Quero-Quero tinha pedido pela primeira vez o registro para realizar o IPO no começo de março. Entretanto, foi forçado a suspender os planos em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), retomando o pedido somente no segundo semestre.

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Segundo o prospecto apresentado pela própria empresa na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o IPO da Lojas Quero-Quero consistirá na distribuição pública primária e secundária de ações. A oferta primária será de, inicialmente, 22.123.894 novas ações ordinárias de emissão. A oferta secundária será de 131.288.465 ações.

A operação também prevê a negociação de lotes suplementar e adicional caso haja um excesso de demanda. Isso poderia elevar o número de papéis em até 15% do total. Ou seja, em até 23.011.854 papéis.

A empresa é controlada pelo fundo de private equity Advent International Corp desde 2008. E será o próprio controlador que vai vender integralmente sua fatia de 88% da empresa no IPO, que será basicamente secundário. Por outro lado, os recursos da oferta primária serão usado em novos centros de distribuição e na expansão das operações.

Segundo a empresa gaúcha, a operação pode levantar R$ 1,9 bilhão, já que o preço de subscrição ou aquisição, por ação estará situado entre R$ 11,30 e R$ 14,00. O cálculo é realizado no preço no centro da faixa, de R$ 12,50 por ação. Atualmente o capital social da empresa é de R$ 166.591.476,12, representado por 163.514.712 ações ordinárias. A Lojas Quero-Quero realizou um aumento de capital no dia 10 de julho de 2020,  com a emissão de 15.405.268 ações.

Após a realização do IPO, considerando a colocação das ações suplementares, 95,76% das ações ordinárias de emissão da Lojas Quero-Quero estará em circulação no mercado e, sem considerar a colocação das ações suplementares, 83,40% das ações ordinárias de emissão da empresa estará em circulação no mercado.

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O período de reserva do IPO da Lojas Quero-Quero vai do dia 27 de julho até dia 5 de agosto. A operação prevê um período de lock-up de 180 dias contados da data do Contrato de Colocação Internacional, determinados conselheiros da Companhia, os diretores da Companhia e os Acionistas Vendedores.

Simultaneamente ao IPO na B3, serão também realizados esforços de colocação das ações da Lojas Quero-Quero na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), exclusivamente para investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), residentes e domiciliados nos Estados Unidos, conforme definidos na Regra 144A, editada pela U.S. Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos (SEC).

Os bancos coordenadores da abertura de capital serão:

  • BTG Pactual (BPAC11) (coordenador líder);
  • Bank of America Merrill Lynch Banco Múltiplo S.A.
  • Banco Itaú BBA S.A.
  • BB-Banco de Investimento S.A.
  • Bradesco (BBDC4);
  • Easynvest – Título Corretora De Valores S.A.

Cronograma do IPO da Lojas Quero-Quero

O calendário da oferta inicial de ações das Lojas Quero-Quero é o seguinte:

  • Registro da solicitação na CVM – 17/06/2020
  • Aviso ao mercado e disponibilização do prospecto preliminar – 17/07/2020
  • Início do procedimento de bookbuilding – 20/07/2020
  • Início do pedido de reserva de ações – 27/07/2020
  • Encerramento do Período de Reserva – 05/08/2020
  • Encerramento do processo de precificação (bookbuilding) e fixação do preço por ação – 06/08/2020
  • Início da negociação em Bolsa – 10/08/2020
  • Liquidação das ações – 11/08/2020

Saiba mais sobre a Lojas Quero-Quero

A Lojas Quero-Quero é a maior varejista especializada em materiais de construção do Brasil em número de lojas, com 346 estabelecimentos, e a segunda maior em área de vendas. Sua atuação está direcionada para pequenas e médias cidades, cujo mercado representa 49,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Além de produtos de materiais de construção, a empresa vende também eletrodomésticos e móveis, atuando no segmento dos serviços financeiros, com mais de três milhões de cartões de crédito emitidos com a própria bandeira VerdeCard.

A receita líquida da Lojas Quero-Quero em 2019 foi de R$ 1,344 bilhões, registrando um crescimento em relação a 2018, quando esse valor tinha sido de R$ 1,180 bilhões.  O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) em 2019 foi de R$ 162.460.000, quase o dobro do ano anterior, quando tinha sido de R$ 88.453.000. A Margem EBITDA ajustada foi de 9,3% no ano passado e de 8,3% em 2018.

Fundada em 1967 na cidade de Santo Cristo, no interior do estado do Rio Grande do Sul, como uma pequena empresa de comércio e representações, a empresa cresceu em mais de meio século de atividade. Atualmente, o CEO das Lojas Quero-Quero é Peter Furukawa.

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Carlo Cauti

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