IPO do Grupo Soma (GSOM3): saiba tudo sobre a abertura de capital na B3

O Grupo Soma S.A. vai realizar sua Oferta Pública Inicial (IPO) no dia 31 de julho. A empresa do setor da moda tinha pedido o registro para a abertura de capital no dia 10 de julho. Após a operação, as ações da empresa serão listadas no segmento Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com o código GSOM3.

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O Grupo Soma tinha pedido pela primeira vez o registro para realizar o IPO no final de fevereiro. Entretanto, foi forçado a suspender os planos em razão da pandemia.

Segundo o prospecto apresentado pela própria empresa na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o IPO do Grupo Soma consistirá na distribuição pública primária de, inicialmente, 136.363.636 novas ações ordinárias de emissão, representando 28,58% do capital social total da empresa. O total das ações é de 477.141.524 papeis.


A operação também prevê a negociação de lotes suplementar e adicional em favor de coordenadores da oferta e para investidores, caso haja excesso de demanda. Isso poderia elevar o número de papéis em até 35%.

O período de reserva do IPO vai de 15 a 27 de julho, com definição de preço no dia 29 de julho. A operação prevê um período de lock-up de 45 dias para a oferta do segmento varejo e de 90 dias para a oferta do segmento private.

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Simultaneamente ao IPO na B3, serão também realizados esforços de colocação das ações do Grupo Soma na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), exclusivamente para investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), residentes e domiciliados nos Estados Unidos, conforme definidos na Regra 144A, editada pela U.S. Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos (SEC). A empresa atua também nos Estados Unidos.

A faixa indicativa do Preço por Ação apresentada no prospecto será fixada após a apuração do resultado do procedimento de Bookbuilding, sendo prevista entre R$8,80 e R$11,00. Entretanto, poderá ser fixado acima ou abaixo dessa faixa indicativa.

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Dessa maneira, à depender da precificação do ativo e do volume de ações, a oferta poderia chegar perto de R$ 2 bilhões. Considerando o centro da faixa estimada de preço por papel, a operação movimentaria quase R$ 1,82 bilhão. Nesse caso, o valor de mercado do Grupo Soma ficará na faixa de R$ 4,5 bilhões.

Os recursos da oferta primária irão para o caixa da companhia. O documento, entretanto, não cita o montante de ações na tranche secundária, composta de ativos dos atuais sócios do Grupo Soma. À época da suspensão devido ao agravamento da crise, a empresa informou que a oferta secundária teria quase 40 vendedores.

Saiba mais: Grupo Soma, dona da Animale e Farm, pode levantar R$ 2 bi em IPO

Em seu prospecto preliminar da oferta, a empresa informou que usará os recursos oriundos do IPO para:

  • aquisição de novas marcas;
  • pagamento de dividendos devidos referentes à exercícios sociais passados;
  • amortização ou liquidação, conforme o caso, de dívidas vigentes da Companhia;
  • investimentos em tecnologia e omnichannel;
  • abertura de novas lojas físicas bem como a modernização e retrofit de suas lojas atuais;

Os bancos coordenadores da abertura de capital serão:

  • Itaú BBA (leader);
  • J.P. Morgan;
  • Bank of America;
  • XP investimentos

Calendário do IPO do Grupo Soma

O calendário da oferta inicial de ações do Grupo Soma é o seguinte:

  • Registro da solicitação na CVM – 05/06/2020
  • Aviso ao mercado e disponibilização do prospecto preliminar – 08/07/2020
  • Início do procedimento de bookbuilding – 09/07/2020
  • Início do pedido de reserva de ações – 15/07/2020
  • Encerramento do Período de Reserva – 27/07/2020
  • Encerramento do processo de precificação (bookbuilding) e fixação do preço por ação- 29/07/2020
  • Início do período de lock-up – 30/07/2020
  • Início da negociação em Bolsa – 31/07/2020
  • Liquidação das ações – 03/08/2020
  • Data máxima de termino do lock-up da oferta de varejo – 12/09/2020
  • Data máxima de termino do lock-up da oferta de segmento private – 27/10/2020

Saiba mais sobre o Grupo Soma

O Grupo Soma é o resultado da fusão das marcas Animale e Farm, em 2010. A empresa do setor da moda é muito presente no segmento feminino, com mais de 200 lojas em 23 estados brasileiros e 2 americanos, totalizando 37.800 metros quadrados de extensão, e atuando de forma expressiva também no e-commerce, onde é líder do setor e possui 2.800 revendedores multimarcas.

Atualmente, o grupo conta com mais de 1 milhão de clientes e controla as marcas:

  • Animale;
  • Farm;
  • Fábula;
  • A.Brand;
  • Foxton;
  • Cris Barros;
  • Off Premium;
  • Maria Filó.

A empresa trabalha seja na produção de peças de vestuário e acessórios assim como a comercialização dos produtos, no varejo e no atacado.

A receita líquida do Grupo Soma em 2019 foi de R$ 1,3o bilhões, registrando um crescimento de cerca de 30% em relação a 2018, quando esse valor tinha sido de R$ 1,08 bilhões. O lucro líquido, por sua vez, chegou a R$ 126,835 milhões no ano passado, crescendo também em relação ao ano anterior, quando tinha sido de R$ 85,695 milhões.

O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 214,471 milhões em 2019, mais do que o dobro em relação aos R$ 104,939 milhões de 2018. E a margem Ebitda do Grupo Soma foi de 16,4% em 2019, contra 9,7% em 2018.

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Carlo Cauti

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