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Dívida do governo pode chegar a 93,7% do PIB em 2020, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou nesta terça-feira (30) que projeta para este ano uma relação entre dívida bruta do governo federal e o Produto Interno Bruto (PIB) em 93,7%.

As estimativas, segundo o Ipea, são resultado das despesas atreladas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, tanto no âmbito da saúde quanto na manutenção de renda.

Nesse sentido, em sessão sobre a “visão geral da conjuntura”, publicada na Carta de Conjuntura do Ipea, os pesquisadores defendem a retomada da agenda de reformas em razão consolidação fiscal no pós-pandemia. Da mesma forma, alertaram para o achatamento do espaço para gastos de custeio e investimentos.

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Apesar da manutenção do teto de gastos e com a percepção do compromisso do governo com o disciplina fiscal, a dívida bruta do governo, em termos de proporção do PIB, teria se estabilizado em um patamar elevad0. Desse modo, conforme as previsões do Instituto, a dívida atingiria o patamar de 104,1% do PIB em 2036.

O aumento da dívida neste ano, segundo o Ipea, se dará com um déficit primário de cerca de 10% do Produto brasileiro, frente ao déficit de 1,3% registrado em 2019.

Ipea prevê dívida eleva e arrecadação reduzida

De acordo com projeções do Instituto, o PIB do Brasil neste ano deve encolher 6%, subtraindo R$ 120 bilhões da arrecadação inicialmente prevista no Orçamento da União.

Dessa forma, a retirada dos gastos emergenciais com a epidemia não bastará para recuperar o quadro fiscal, visto que o País ficará com a dívida mais elevada e com arrecadação menor em vista da fraca atividade econômica.

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Nesse sentido, para o Ipea, o “esforço fiscal que vinha sendo realizado” deverá ser reforçado, visando reafirmar o compromisso com o equilíbrio das contas públicas e com uma trajetória sustentável para a dívida pública”.

Arthur Guimarães

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