IPCA-15 sobe 0,09% em outubro, menor resultado para o mês desde 1998

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,09% em outubro. Trata-se do mesmo percentual registrado em setembro e o menor resultado para o mês de outubro desde 1998.

O resultado do IPCA-15 foi divulgado nesta terça-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com essa variação positiva, o indicador acumula alta de 2,69% e, em 12 meses, de 2,72%, abaixo dos 3,22% registados nos 12 meses anteriores. Em outubro de 2018, a taxa foi de 0,58%.

O IPCA-15 é uma prévia da inflação e inclui nove grupos que influenciam diretamente no índice. Com comparação entre setembro e outubro os resultados foram os seguintes:

  • Alimentação e Bebidas (variação de -0,34% para -0,25%)
  • Habitação (0,76% para -0,23%)
  • Artigos de Residência (-0,40% para -0,21%)
  • Vestuário (0,58% para 0,14%)
  • Transportes (0,09% para 0,35%)
  • Saúde e Cuidados Pessoais (0,09% para 0,85%)
  • Despesas Pessoais (0,09% para 0,85%)
  • Educação (0,04% para 0,09%)
  • Comunicação (-0,06% para 0,00%)

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IPCA-15

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais influenciou fortemente a estabilidade do índice. De acordo com o IBGE, esse resultado se deve aos itens de higiene pessoal que teve acréscimo de 0,06 ponto percentual, atualmente está em 2,35%.

No grupo dos Transportes teve uma elevação significativa na comparação de setembro para outubro.

  • gasolina (0,76%)
  • oléo diesel (3,33%)
  • etanol (0,52%)
  • gás veicular (0,23%)

Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas demonstrou uma deflação, resultado na queda nos preços do grupamento alimentação no domicílio que recuraram 0,38%.

  • cebola (-17,65%)
  • batata-inglesa (-14,00%)
  • tomate (-6,10%)
  • carnes (0,59%)
  • alimentação fora do domicílio (0,00%)
  • refeição (-0,13%)
  • lanche (0,20%)

O grupo Habitação teve uma variação negativa influenciado pela queda observada no item energia elétrica (-1,43%).

Prévia da Inflação por Região

O menor resultado foi registado na região metropolitana de Fortaleza. Por sua vez, o maior índice ficou com a região metropolitana de Belém, influenciado pelas altas no itens de higiene pessoal e gás de botijão. Com a comparação de setembro e outubro os resultados foram os seguintes:

  • Belém: (de 0,04% para 0,02%)
  • Goiânia: (de 0,54% para 0,22%)
  • Salvador: ( de -0,04% para 0,20%)
  • Brasília: (de -0,02% para 0,20%)
  • Rio de Janeiro: (de -0,10% para 0,18%)
  • Belo Horizonte: (de -0,04% para 0,15%)
  • São Paulo: (de 0,19% para 0,06%)
  • Porto Alegre: (de -0,02% para 0,00%)
  • Curitiba: (de 0,21% para -0,07%)
  • Fortaleza: (de 0,24% para -0,08%)

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“Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de setembro a 11 de outubro de 2019 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 12 de setembro de 2019 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos”, informou o instituto.

Poliana Santos

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