Investimentos no Brasil têm alta de 28,2% em maio, aponta Ipea

Os investimentos no Brasil registram aumento de 28,2% no volume em maio ante mês de abril na série com ajuste sazonal, conforme apontou o indicador de formação bruta de capital fixo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os números subiram depois de dois meses de baixas expressivas devido à pandemia do novo coronavírus. Em março e abril, os investimentos mostraram queda de 13,4% e 27,5%, respectivamente, revelando os impactos da crise sobre a economia brasileira.

“O principal componente para o indicador de investimentos foi o consumo aparente de máquinas e equipamentos, puxado pelas importações”, afirmou o diretor de estudos do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior, complementando que o segmento de construção registrou forte expansão.

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O indicador do Ipea, Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), é composto por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos.

Investimentos ainda registram baixa de 19,6% na comparação anual

Apesar de apresentarem um crescimento em maio deste ano, os investimentos ainda ficaram 19,6% menores ante maio de 2019. Isso denota que “temos um caminho a percorrer para atingir o nível anterior à crise”, salientou o diretor do Ipea.

Saiba mais: Investimentos caem 27,5% em abril, pior queda na série histórica do Ipea

Em maio de 2020, houve um aumento de 68,7% nos investimentos em máquinas e equipamento frente a abril. A produção nacional desses bens avançou 22%, ao tempo que a importação aumentou em 145,6% no período.

No que tange ao setor de construção civil, o mês maio registrou uma alta de 14,1%, enquanto o setor de bens de capital anotou uma expansão de 28,7%.

Veja também: Economia tem recuperação inicial em “V”, diz Campos Neto

Com os números de retomada no volume de investimentos e outros resultados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmaram que enxergam sinais de recuperação. Para os especialistas, já é possível observar uma trajetória de retomada econômica em “V”, isto é, com uma melhora tão rápida quanto a queda.

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Arthur Guimarães

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