Investimentos na Ásia podem ser opção de diversificação na pandemia

A pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19) mudou muitos hábitos. Mais compras online, mais home-office, menos festas e lugares lotados. No mundo dos investimentos não foi diferente. A necessidade de diversificação internacional deu o tom por aqui e investidores passaram a olhar com mais carinho para ativos listados em outros lugares do mundo. Assim, os investimentos na Ásia ganharam um novo olhar.

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A opção pelos investimentos na Ásia passa, também, pela rápida recuperação dos mercados da região. Nesta segunda-feira (23), o índice de blue-chips da China alcançou o nível mais alto em mais de cinco anos. Enquanto que, no Brasil, o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), acumula queda de cerca de 10% neste ano.

Assim, o investidor brasileiro que deseja explorar esse mercado pode realizar investimentos na Ásia sem grandes burocracias, diversificando o portfólio de maneira completa. De acordo com especialistas ouvidos pelo SUNO Notícias, a diversificação por outros mercados, para além de Brasil e EUA, é cada vez mais importante.

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“Hoje o investimento não tem mais fronteiras, acho que sim, que é positivo [diversificar], ainda mais pela importância que a Ásia está tendo. Acho que a diversificação se torna importante e cada vez mais presente na carteira”, disse Rodrigo Moliterno, sócio da Veedha Investimentos.

Além disso, segundo Moliterno, a demanda por investimentos na região asiática vem aumentando, mas o investidor ainda fica limitado caso não queira abrir uma conta em uma corretora fora do Brasil.

“Está aumentando essa demanda pelo mercado asiático. Temos notado alguns produtos onde o diferencial indexador são ativos asiáticos, como bolsa chinesa. Alguns fundos locais tentam se estruturar para comprar ativos da Ásia. Mas, por enquanto são essas duas formas principais”, disse o sócio da Veedha.

Investimentos na Ásia ganham novas alternativas

O investidor brasileiro que deseje diversificar o portfólio pode optar por alguns caminhos. O primeiro é comprar cotas de fundos que aplicam em empresas da região ou replicam índices de lá.

De olho nessa demanda, a XP passou a ofertar o fundo Trend Bolsa Chinesa FIM, que tem exposição ao mercado de ações da China, seguindo o índice MSCI China, composto por mais de 600 ações. O fundo tem exposição ao iShares MSCI China ETF a partir de operação com derivativo (swap).

O BTG também possui uma opção para investir na Ásia. O fundo Acess China Advanage FIM é um multimercado que compra cotas de outros fundos que investem no exterior, incluindo a China.

Outro caminho simples é abrir uma conta em corretoras fora do Brasil e comprar ETFs (Exchange Traded Fund) como o iShares MSCI China ETF, que cobre ações ações negociadas em Shanghai, Shenzhen, Hong Kong e de empresas chinesas listadas em Nova York (NYSE e Nasdaq).

Há também outros ETFs, como o FXI, da BlackRock, FXI, da DWS, ou o GXC, da State Street.

Para o investidor que deseja ter uma gestão mais ativa, há também a possibilidade de comprar BDRs (Brazilian Depositary Receipt) de empresas chinesas.

Há opções como China Petroleum & Chemical, da China, China Mobile, de Hong Kong, ou Mitsubishi UFJ Financial Group, do Japão, por exemplo, que podem compor uma carteira àqueles que desejam ter seus investimentos na Ásia.

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Vinicius Pereira

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