Grana na conta

Ingresso do Brasil na OCDE vai acelerar reformas no País, diz CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) enxerga o apoio do presidente americano Donald Trump fundamental para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A organização se posicionou nesta terça (19), após Trump ter expressado o apoio.

“O Brasil avançou muito na convergência de políticas para participar da OCDE”, afirmou a gerente de Política Comercial da CNI, Constanza Negri. “É o país não-membro com a maior adesão aos instrumentos da organização – já aderiu a cerca de 30% dos instrumentos que envolvem, por exemplo, comércio, tributação e governança. Além disso, o governo brasileiro está comprometido com as reformas da previdência e reconhece a importância da reforma tributária”.

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A CNI também disse que a indústria entende que o ingresso do Brasil na OCDE vai acelerar as reformas no País e melhorar sua qualidade regulatória, “condições necessárias para melhorar o ambiente de negócios e promover o crescimento econômico”, segundo a organização.

O apoio de Trump foi expresso durante encontro oficial com o presidente Jair Bolsonaro, na Casa Branca, nesta terça. “Eu estou apoiando os esforços deles [brasileiros] para entrar [na OCDE]”, declarou Trump, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

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Os brasileiros tentam há algum tempo a adesão ao chamado “Grupo dos Ricos“. Apesar de ser considerado um parceiro estratégico da OCDE desde 2007, o Brasil não é um integrante pleno do grupo. Em 29 de maio de 2017, o País oficializou seu pedido de adesão à organização, numa carta assinada pelos então ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Henrique Meirelles (Fazenda).

De acordo com Aloysio Nunes, o Brasil cumpria todos os critérios definidos pelos membros e já se comprometia com 36 das recomendações e decisões da OCDE em janeiro de 2018. Atualmente, o País aguarda pelas discussões internas entre os membros da organização acerca da possibilidade de sua adesão. A falta de acordo entre os integrantes, contudo, tem dificultado o avanço do processo – e os Estados Unidos até hoje não se mostraram tão dispostos a ajudar.

Guilherme Caetano

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