Inflação tem menor nível de novembro em 15 anos, aponta IBGE

Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 23 de novembro, em novembro o índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do Brasil, ficou em 0,19%. Menor valor para novembro desde 2013, quando o índice de inflação ficou em 0,17%.

Também houve queda na comparação com outubro, quando o índice de inflação era foi de 0,58%. O valor também foi abaixo do que era esperado pelo mercado anteriormente, especialistas indicavam que o número para novembro seria de 0,24%.

No acumulado de 2018, a variação é de 4,03% no IPCA, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses este número fica em 4,39%. Abaixo do centro da meta do Branco Central de 4,5% para este ano.

Maior efeito

Entre as causas da inflação menor em novembro está, principalmente, o crescimento de 0,31% no quesito Transportes. No mês de outubro este valor havia sido de 1,65%.

A gasolina subiu 0,05% neste mês, enquanto no mês anterior a alta foi de 4,57%. Enquanto o etanol teve alta de 3,32%, ante 6,02% no mês anterior. Já o diesel avançou 1,38% em novembro, o valor havia chegado 5,71% um mês antes.

Ainda foi registrado deflação nos setores de saúde e cuidados pessoais, -0,35%, habitação, -0,13%, comunicação, -0,02%, e educação, -0,01%.

Maiores altas

Enquanto a maior alta foi registrada em artigos de residência, 0,59%. Todavia, o maior impacto se deu pelo crescimento de 0,54% no preço dos alimentos, valor que corresponde por mais de dois terços do IPCA-15 de novembro.

Destaque, principalmente, pela alta no preço do tomate, 50,76%, seguido da batata inglesa, 17,97%, e cebola, 10,01%.

Além de transporte, despesas pessoais, 0,38%, e vestuário, 0,02%, também apresentaram alta no período.

Expectativa

Na última segunda-feira (19) o boletim Focus apontou que a expectativa para 2018 era de que o IPCA acabasse em 4,13%.

Todavia, a revisão do governo federal aumento a expectativa da inflação para este ano de 4,1% para 4,3% este ano. Além disto é esperado que a taxa dos juros fique em 6,5%, como apontado anteriormente.

Mateus Vasconcellos

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