Inflação sobe 0,86%, maior resultado para outubro desde 2002

A inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)  subiu 0,86% em outubro, após ter avançado 0,64% em setembro. Trata-se do maior resultado para o mês desde 2002, quando o indicador foi de 1,31%.

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No ano, a inflação acumulou alta de 2,22% e em 12 meses atingiu 3,92%, acima dos 3,14%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dessa forma, o IPCA apresentou uma aceleração, visto que, em agosto havia registrado alta de 0,24% e no mês seguinte 0,64%.

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Inflação

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em outubro. O grupo Alimentação e bebidas trouxe o maior impacto para indicador, os itens que puxaram foram: arroz (13,36%) e óleo de soja (17,44%).  As variações no mês anterior haviam sido de 17,98% e 27,54%, respectivamente.

Destacam-se também as altas do tomate (18,69%) foi maior que em setembro (11,72%) e itens cujos preços haviam recuado no mês anterior, como as frutas (-1,59%) e a batata-inglesa (-6,30%), registraram alta em outubro (de 2,59% e 17,01%, respectivamente). Por outro lado, houve queda da cebola (-12,57%), a cenoura (-6,36%) e alho (-2,65%).

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No grupo dos Transportes (1,19%), a maior variação veio das passagens aéreas (39,83%). Houve alta nos preços das passagens em todas as regiões pesquisadas, que foram desde os 21,66% de Porto Alegre até os 49,71% de Curitiba.

Ainda em Transportes, os preços da gasolina subiram 0,85%, desacelerando em em relação à alta de 1,95%, observada no mês anterior. Outro destaque foi o seguro voluntário de veículo, com aumento de 2,21%, após sete meses consecutivos de quedas.

Confira as variações dos demais grupos de setembro a outubro:

  • Alimentação e Bebidas (2,28% para 1,93%)
  • Habitação (0,37% para 0,36%)
  • Artigos de Residência (1,00% para 1,53%)
  • Vestuário (0,37% para1,11%)
  • Transportes: (0,70% para 1,19%)
  • Saúde e Cuidados Pessoais: (-0,64% para 0,28%)
  • Despesas Pessoais (0,09% para 0,19%)
  • Educação (-0,09% para -0,04%)
  • Comunicação (0,15% para 0,21%)

Os índices das 16 regiões pesquisadas apresentaram alta em outubro. O maior resultado ficou com o município de Rio Branco (1,37%). Já o menor índice foi o da região metropolitana de Salvador (0,45%).

Confira a variação nos munícipios:

  • Rio Branco (de 1,19 em setembro para 1,37% em outubro)
  • Belém (0,95% para 1,18%)
  • São Luís (1,00% para 1,10%)
  • Belo Horizonte (0,76% para 1,08%)
  • Curitiba (0,71% para 1,02%)
  • Brasília (0,37% para 1,02%)
  • Vitória (0,83% para 0,91%)
  • Campo Grande (1,26% para 0,91%)
  • São Paulo (0,44% para 0,89%)
  • Aracaju (0,73% para 0,87%)
  • Goiânia (1,03% para 0,85%)
  • Fortaleza (1,22% para 0,83%)
  • Recife (0,78% para 0,82%)
  • Porto Alegre (0,68% para 0,63%)
  • Rio de Janeiro (0,62% para 0,59%)
  • Salvador (0,23% para 0,45%)

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. Para o cálculo da inflação do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de agosto a 28 de setembro de 2020 (base).

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Poliana Santos

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