Inflação nos EUA pode vir um pouco acima da meta, diz diretor do Fed

O diretor Federal Reserve (Fed) em Dallas, Robert Kaplan, informou nesta sexta-feira (14) que o banco central norte-americano estaria disposto a deixar a inflação passar dos 2%, já que nos últimos anos o indicador de preços ficou consistentemente abaixo da meta.

“Eu estaria disposto a ver a inflação ficar moderadamente acima de 2% após os períodos em que estivemos persistentemente abaixo [dessa meta]”, disse o diretor do Fed na sexta-feira em um evento virtual com o Dallas Friday Group, uma organização empresarial no estado do Texas.

Kaplan disse que se sentiria confortável com uma inflação em torno de 2,25% ou 2,375%. O Fed conduziu no ano passado uma revisão do seu quadro de política monetária depois que a inflação lutou para atingir a meta de 2%. O presidente do Fed, Jerome Powell, falando em uma coletiva de imprensa em 29 de julho, disse que as decisões seriam divulgadas em um “futuro próximo”.

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A forma como o Fed reage à inflação, no entanto, estará sujeita ao que acontecer na economia, disse Kaplan. “Não estou assumindo um compromisso sobre o que faremos, estou basicamente sugerindo uma tendência ou probabilidade, mas estará sujeito às condições que encontrarmos e teremos que nos adaptar a essas condições, ” ele disse.

A inflação controlada antes da pandemia permitiu que o Fed aquecesse a economia, o que estimulou os desempregados norte-americanos, tradicionalmente marginalizados, a entrar no mercado de trabalho. A diferença entre o desemprego de brancos e negros atingiu uma baixa histórica no ano passado, porém aumentou novamente desde o início da disseminação do coronavírus (covid-19).

Kaplan disse que o Fed deu uma indicação clara de como será a política monetária nos próximos anos, com as taxas de juros provavelmente permanecendo perto de zero, exceto no caso de surpresas econômicas. Powell disse que o banco central “nem pensa em aumentar as taxas”.

Veja também: Diretora do Fed diz que banco central está testando dinheiro eletrônico para pesquisas

“No curto prazo, prefiro gastar milhões e, se necessário, bilhões em uso de máscara universal, testagem, rastreamento de contato, a fim de evitar gastar trilhões em benefícios de desemprego e todas as ramificações do PIB perdido”, concluiu o diretor do Fed.

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Daniel Guimarães

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