Indústrias Romi concentra vendas no mercado interno para melhorar resultados

A fabricante de equipamentos Indústrias Romi está direcionando suas vendas para o Brasil como parte de uma estratégia para enfrentar a turbulência vivida no mercado externo.

O número de pedidos de máquinas da Indústrias Romi na América do Sul diminuiu quase 50% no terceiro trimestre. Isso porque as incertezas no cenário político e econômico em países como Argentina, Peru e Equador aumentaram. A informação foi dada por Luiz Cassiano Rosolen, presidente da empresa, em entrevista ao “Valor Econômico”.

Na Alemanha, a subsidiária da Romi, a Burkhardt=Weber (B+W), teve uma baixa de 53,1% nos pedidos entre julho e setembro. O resultado foi influenciado pela incerteza em relação à continuidade do crescimento dos países europeus e asiáticos. “Começamos a ver na Europa e na Ásia algum atraso na confirmação de pedidos de projetos porque os mercados sentem uma certa retração”, disse o executivo.

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O presidente da companhia afirmou que a demanda interna tem crescido. “As encomendas já são maiores do que as de 2018”, assegurou. Nos últimos anos, entretanto, a empresa tem focado muito mais no ambiente eterno do que no Brasil. Para Rosolen, com a melhora econômica no País, a Romi já terá resultados que possam compensar a perda externa. “Se realmente o PIB do Brasil for na casa dos 2% no ano que vem, pode ser que o país mais que compense o exterior.”

Balanço da Indústrias Romi no terceiro trimestre

A Indústrias Romi divulgou seu lucro líquido trimestral do período compreendido entre julho e setembro na última semana. A Romi teve alta de 75% no lucro, somando R$ 27,89 milhões, em relação ao mesmo período de 2018.

Contudo, a Indústrias Romi registrou uma baixa no volume de entrada de pedidos. A queda foi de 12,8% no terceiro trimestre de 2019, para R$ 188,9 milhões em comparação com o igual período do ano passado.

No terceiro trimestre deste ano, a receita financeira líquida da Indústrias Romi foi de R$ 1,6 milhão. A receita operacional cresceu 19,7%, para R$ 246,5 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 35,5 milhões, alta de 48,7%.

Juliano Passaro

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