Grana na conta

Indicadores econômicos dos Estados Unidos apresentam resultados positivos

O Índice de Surpresa Econômica da Bloomberg sobre a economia dos Estados Unidos atingiu nesta sexta-feira (20) o maior nível em 11 meses.

O resultado supera as expectativas do mercado, visto que as previsões indicavam recessão para a economia dos Estados Unidos, por conta da guerra comercial.

O indicador contabilizado pela agência foi elevado após a divulgação de alguns indicadores econômicos norte-americanos, publicados na última quinta-feira (19). Entre eles, índice de venda de imóveis usados e o de seguro-desemprego. Ambos ultrapassaram as expectativas de forma positiva.

O novo corte na taxa de juros dos EUA, realizado pelo Federal Reserve (Fed) na última quarta-feira (18), foi outro fator que motivou o otimismo do mercado.

O Citigroup, que divulga um índice de surpresa econômica semelhante, também apresentou um alto nível. Os resultados divulgados por essa instituição chegaram ao patamar mais alto desde abril de 2018.

“Há uma mudança definitiva no perfil de crescimento e uma aceleração da expansão. É interessante como as atitudes de alguns investidores ainda são pessimistas. No entanto, quando você olha para índices de surpresa, pensa que as pessoas deveriam se sentir melhor com o crescimento”, afirmou o estrategista-chefe de investimentos do Leuthold Group, Jim Paulsen.

Indicadores positivos em outros locais do mundo

Além dos indicadores otimistas para a economia norte-americana, o estrategista-chefe do Leuthold Group ressaltou que a Europa e o Japão também apresentaram dados surpreendentes.

Os resultados estão na contramão do que era esperado com base na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global.

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No segundo trimestre deste ano, o PIB da zona do euro teve um leve avanço de 0,2%. Apesar do crescimento, a alta foi menor do que o registrado nos três primeiros meses do ano.

Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção para o crescimento do PIB global em 2019.

Guerra comercial entre China e Estados Unidos

A guerra comercial entre China e EUA pode ser considerada o fator principal para o receio de desaceleração econômica global. A imposição de tarifas entre os dois países, que marca o conflito, impactou a economia de todo o mundo.

Saiba mais: Queremos concluir acordo comercial com a China, diz Trump

No entanto, mais um fator animou o mercado nesta sexta-feira. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que tem intenção em concluir um acordo com o país asiático.

“Não estou pensando em um acordo parcial. Queremos concluir as negociações para um acordo definitivo”, declarou o mandatário. Um acordo colocaria fim ao confronto comercial entre Estados Unidos e China que ocorre desde 2017.

Giovanna Oliveira

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