Indicador do mercado imobiliário é lançado pelo Ministério da Economia

O Ministério da Economia lançou um indicador do mercado imobiliário nesta sexta-feira (22). O Índice do Registro de Imóveis do Brasil.

O índice do mercado imobiliário foi criado com a parceria de três instituições:

  • Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp);
  • Associação de Registradores Imobiliários do Rio de Janeiro (Arirj);
  • Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

De acordo com o secretário especial do Ministério da Economia, Paulo Uebel, a iniciativa deve melhorar o posicionamento do Brasil no ranking Doing Business, do Banco Mundial, que mede os negócios do setor em 190 países.

Atualmente, o país se encontra na 109ª posição. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a meta é ficar entre os 50 primeiros até o fim de seu mandato.

Segundo Uebel, as ações devem refletir na colocação do Brasil no Doing Business em 2020.

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Envio de dados

Conforme disse a coordenadora do Departamento de Estatísticas da Arisp, Patrícia Ferraz, o Estado de São Paulo, os cartórios enviam os dados utilizados pelos indicadores desde 2012. Após a iniciativa, o Rio de Janeiro também aderiu a operação. No entanto, outros estados estão na fase de coleta de informações, são eles:

  • Santa Catarina;
  • Paraná;
  • Mato Grosso;
  • Mato Grosso do Sul
  • Ceará;
  • Pernambuco;
  • Amazonas;
  • Roraima.

De acordo com o coordenador de Pesquisas da Fipe, Eduardo Zylberstajn, o indicador disponibilizará dados sobre a transferência de imóveis em duas séries históricas.

No entanto, uma delas vai registrar a data do negócio enquanto a outra a data do registro. Dessa forma, será mais preciso realizar o mapeamento do mercado imobiliário.

Segundo o coordenador da Fipe, o objetivo é deixar as informações da forma mais detalhada possível, respeitando o sigilo para a coleta de dados.

Além disso, para o secretário da Economia, Paulo Uebel, os novos indicadores vão ajudar na formulação de políticas públicas de habitação, concessão de crédito, entre outros, além de servirem como termômetro para o mercado. Segundo Uebel, toda a iniciativa, e também os custos, são da iniciativa privada. Entretanto, o governo federal apoia por também se beneficiar da coleta de dados.

De acordo com o secretário, na próximo semana o governo deve anunciar medidas para facilitar a abertura de empresas. No entanto, para o mercado imobiliário serão reduzidos os procedimentos para transferência.

Renan Bandeira

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