Ibovespa fica perto do zero e dólar recua no início da terça-feira

O índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, mantém-se próximo da estabilidade na manhã desta terça-feira, entre a espera pelos resultados da nova pesquisa do Ibope, a primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para definir a Selic, e a confirmação da imposição de tarifas à China pelos EUA.

No momento da redação (10h10), o Ibovespa apresentava ganhos de 0,05% a 76.826 pontos. O dólar, por sua vez, apresentava queda de 0,17%, cotado a 4,1265.

Os resultados da mais nova pesquisa do Ibope serão divulgados na noite de hoje, e o mercado se atenta para como eles se diferenciarão da última divulgação, do dia 11 de setembro. A expectativa é que Jair Bolsonaro (PSL) se mantenha na liderança, mas também deve haver grande crescimento nas intenções de voto de Fernando Haddad (PT), que é o candidato oficial do partido desde o mesmo dia 11.

Ainda no cenário doméstico, atenção para a divulgação da taxa Selic, amanhã às 18h, após reuniões do Copom que começam hoje. A expectativa do mercado é que a taxa básica de juros se mantenha em 6,5%.

Ontem, segunda-feira, a Casa Branca anunciou que o presidente Donald Trump vai impor tarifas de 10% sobre US$200 bilhões em importações chinesas a partir de 24 de setembro, aumentando-as para 25% no final do ano. Isso vem após a imposição de tarifas sobre US$50 bilhões em bens chineses, às quais a China respondeu com suas próprias tarifas sobre US$50 bilhões em produtos americanos.

A China afirma que não terá escolha senão retaliar, possivelmente levando a guerra comercial vivida pelos dois países a um cenário de taxação de praticamente todo o comércio entre as duas maiores economias do mundo. O comunicado de Pequim não detalhou como esse retaliação se dará.

Embora as tensões comerciais preocupem, as bolsas asiáticas encerraram o dia em alta.  Na Europa e nos futuros dos EUA, o cenário também é de alta, reflexo, talvez, do tempo hábil que se houve para precificar os movimentos de tarifação do governo americano em pregões passados.

Daniel Quandt

Compartilhe sua opinião