Ibovespa registra queda de 0,34% após turbulências internacionais

O Ibovespa fechou nesta segunda-feira (19) em baixa. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) teve queda de -0,34% a 99.468,672 pontos.

O Ibovespa teve baixa devido a declaração do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre não estar pronto para um acordo com a China.

Além disso contribuíram para a queda: a declaração do candidato à presidência na Argentina, Alberto Fernández, dizendo que o acordo do país com o FMI é “difícil de cumprir” e ao corte de juros que foi anunciado pelo Banco Central Chinês no último sábado (17).

Acordo entre China e EUA

Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, disse no último sábado (17) não estar pronto para fazer um acordo com a China. A guerra comercial nas últimas semanas foi marcada por retaliações de ambas as partes.

A disputa tem impactado os mercados financeiros de todo o mundo, ampliando a discussão sobre uma possível recessão global. A desvalorização do yuan para o menor nível dos últimos 10 anos e as críticas de Trump ao Banco Central chinês, por exemplo, mostraram ao mundo que esse conflito está longe de acabar.

Saiba mais: Trump afirma ‘não estar pronto’ para acordo com a China

Entretanto, apesar de ainda não estar pronto para assinar um acordo com a China, Trump afirmou que seu governo tem tido conversas “muito substanciais” com líderes do gigante asiático. Segundo ele, em entrevista rápida a repórteres, “os chineses querem fazer um acordo. Vamos ver o que acontece”.

FMI e Argentina

O candidato à presidência, Alberto Fernández, afirmou nesta segunda-feira (19), que o acordo firmado pelo atual presidente da Argentina, Maurício Macri, para o acerto de dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), é “difícil de cumprir.”

Saiba mais: Argentina: Fernández diz que dívidas com o FMI são difíceis de cumprir

Segundo Fernandéz, que venceu nas prévias eleitorais da Argentina, Macri necessita renegociar com a instituição os adiantamentos dos pagamentos previstos para os anos seguintes.

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Ao jornal “La nación”, o candidato de esquerda disse que a renegociação da dívida de US$ 57 bilhões “é a única solução”.

Corte da taxa de juros na China

O banco central da China anunciou no último sábado (17) o novo projeto de reforma da taxa de juros.

O intuito da reforma é diminuir os custos de financiamento para companhias chinesas que estão apresentando resultados ruins. A medida já era esperada por conta dos reflexos da guerra comercial na economia da China.

Saiba mais: Banco central da China anuncia nova reforma da taxa de juros

As pequenas empresas são o alvo do Banco do Povo da China, pois foram as mais afetadas com as complicações econômicas do país. Para essas empresas, o acesso ao financiamento é limitado, o que não ocorre nas estatais, por exemplo.

Os empréstimos bancários que já estão em vigor não serão afetados pelas novas taxas.

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, na sexta-feira (16), o Ibovespa encerrou em alta de 0,76%, fechando o pregão a 99.805,78 pontos.

Rafael Lara

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