Ibovespa fecha em queda de 2,94% e encosta em 99 mil pontos

O Ibovespa encerrou em queda de -2,94% nesta quarta-feira (14). Esse é o maior recuo diário desde o dia 27 de março, quando o índice acionário caiu 3,57%.

No fechamento do pregão, o Ibovespa contabilizou 100.258,01 pontos. O indicador da Bolsa de Valores de São Paulo voltou momentaneamente aos 99 mil pontos, por volta das 16h30.

O mercado brasileiro está reagindo aos resultados dos indicadores econômicos da China, dos Estados Unidos e das nações da zona do euro.

As questões políticas na Argentina, após a derrota de Mauricio Macri nas eleições prévias, também seguem no radar dos investidores.

Crescimento menor no PIB da zona do euro

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve avanço de 0,2% nos meses de abril a junho deste ano. No entanto, o avanço foi menor do que o registrado nos primeiros três meses de 2019, quando foi de 0,4%.

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No comparativo ano a ano, o crescimento do PIB foi de 1,1% no período.

A produção industrial dos 19 países que fazem parte da zona do euro teve baixa de 1,6% no mês de junho, em comparação com maio deste ano. Analistas estimavam uma baixa de aproximadamente 1,2%, valor menor do que o obtido.

A Alemanha também divulgou o resultado de seu PIB para o segundo trimestre deste ano. O país registrou uma baixa de 0,1% entre os meses de abril e junho.

Possível recessão no mercado dos Estados Unidos

O mercado de renda fixa dos EUA deu um sinal significativo sobre o futuro de sua economia. O país não demonstrava sinais de recessão em sua economia há 12 anos.

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Em 2007, a curva de juros de rendimentos de alguns títulos do tesouro estadunidense também apresentou queda. Um ano depois, o país norte-americano entrou em uma enorme crise financeira.

Por ser um país com uma economia “segura”, investidores de todo o mundo sempre buscam os EUA para poder investir em títulos.

Entretanto, as baixas nos indicadores econômicos globais estão fazendo com que os investidores fiquem cada vez mais atentos sobre uma possível crise global da economia.

Argentina continua impactando a B3

Após a derrota do atual presidente da Argentina nas eleições primárias para o candidato de centro-esquerda Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, o mercado tem reagido de forma negativa.

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O índice Merval da bolsa argentina registrou queda de 1,86% nesta quarta. Em comparação ao real, o peso argentino também caiu -5,75%, negociado a R$ 0,067.

Para tentar amenizar a situação econômica, o presidente Mauricio Macri anunciou novas medidas econômicas para beneficiar os argentinos.

Macri afirmou que as medidas “trarão alívio para 17 milhões de trabalhadores e suas famílias”.

Crescimento da indústria chinesa

Como consequência também da guerra comercial, o crescimento da produção industrial da China desacelerou para 4,8% em julho em comparação com o mesmo período de 2018.

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O resultado foi maior que o esperado, com o crescimento industrial desacelerando para a mínima dos últimos 17 anos.

Mesmo após uma série de medidas do governo no último ano, a atividade industrial chinesa continua a esfriar.

Na comparação anual, o crescimento da produção industrial desacelerou para 4,8% no último mês de julho, de acordo com os dados da Agência Nacional de Estatística.

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, terça-feira, o Ibovespa encerrou em alta de +1,36% a 103.299,47 pontos.

Giovanna Oliveira

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