Ibovespa abre estável com decisão de juros dos EUA no radar

O Ibovespa abre estável nesta quarta-feira (10) atento a possibilidade de se manter inalterado as taxas de juros nos Estados Unidos.

Por volta das 10h30, o Ibovespa operava em campo levemente positivo de 0,05%, alcançando 96.933,08 pontos. O mercado está atento ao resultado das reuniões monetárias dos EUA.

Além disso, segue no radar dos investidores:

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  • Deflação em maio
  • Previsão de tombo econômico do Brasil pela OCDE
  • Maiores altas e baixas de hoje

FOMC

Os mercados globais operam no vermelho nesta quarta-feira, à espera do resultado das reuniões do Federal Reserve (Fed), de olho nos próximos passos da política monetária norte-americana. Os investidores esperam que a autoridade monetária central do país mantenha as taxa de juros entre 0,0% e 0,25% após a conclusão das reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, em inglês).

Desde março, quando trouxe a taxa de juros a próximo de zero, o Fed tem lançado uma série de esforços para sustentar a economia durante o período de crise. Já foram injetados mais de US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 7,35 trilhões).

O mercado dos EUA aguarda a entrevista de Jerome Powell, presidente do Fed, às 15h30 (horário de Brasília), com as perspectivas para a atividade econômica do País.

Inflação tem variação negativa em maio

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação negativa de 0,38% em maio. Trata-se da maior queda desde agosto de 1998, quando ficou em -0,51%. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA é um índice que mede a variação média de preços. Dessa forma, quando acontece uma variação negativa, como neste mês de abril, diz-se que houve uma “deflação”. Ou seja, os preços de produtos e serviços que movimentam a economia caem.

Saiba Mais: IPCA: Inflação em maio cai 0,38%, a menor para o mês desde 1998

No ano, o indicador acumula queda de 0,16% e, nos últimos doze meses, alta de 1,88% abaixo dos 2,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2019, a taxa havia ficado em 0,13. Por sua vez, em abril deste ano o indicador registrou uma variação negativa de 0,31%.

OCDE

Caso uma segunda onda de infecções do novo coronavírus (Covid-19) atinja a América Latina, a economia da região será impactada em mais um ponto percentual, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira (10), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode cair até 9,1%.

De acordo com a organização internacional, a resposta do governo brasileiro foi “oportuna e precisa”, mas pontua que a doença continua em crescimento no país. A OCDE salientou que é necessário que o País retome o caminho das reformas estruturais após a pandemia.

“O Brasil tem tudo o que precisa para crescer de maneira muito mais forte e melhor, e algumas poucas reformas cruciais poderiam fazer enorme diferença”, afirmou Jens Arnold, economista sênior da OCDE para assuntos relacionados a Brasil e Argentina. Sem uma segunda onda, o PIB brasileiro cairia 7,4%.

No início de março, antes do coronavírus se tornar uma pandemia, a OCDE previa um crescimento de 2,4% na economia global em 2020. Agora, já em meio à crise, a previsão de um recuo de, no mínimo, 6%. A estimativa para 2021 é de um avanço de 5,2%.

Maiores altas e baixas

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, terça-feira, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,92%, a 96.746,547 pontos.

Poliana Santos

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