Ibovespa abre em leve queda após a divulgação do IBC-Br

O Ibovespa abriu em queda nesta quinta-feira (18), após a divulgação do IBC-Br, com uma baixa de 9,73% em abril, a maior baixa para o mês na história.

Por volta das 10h30, o Ibovespa variava negativamente 0,24%, a 95.317,00 pontos. O mercado está atento à política monetária do Banco Central no combate à pandemia; o corte da Selic fez com que a taxa ficasse em 2,25% ano ano.

Ademais, os investidores seguem de olho no estágio do coronavírus no País, que, segundo a OMS, parece dar sinais de estabilização.

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Coronavírus tomba IBC-Br

A prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), apresentou uma queda de 9,73% em abril, em relação ao mês de março. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira.

O mês de abril foi o primeiro mês completo que contou com todas as medidas de restrição, impostas pelo governos estaduais, em relação a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em março, o índice caiu 5,9% em comparação a fevereiro.

Na comparação ano a ano, o IBC-Br teve uma queda de 15,09% no mês de abril. A previsão dos economistas para o período era de um recuo de 15,3%. Em março, a queda anual registrada foi de 1,52%.

O IBC-Br foi criado pelo BC para apresentar mensalmente a tendência de evolução da economia nacional. Entretanto, vale ressaltar que ele não reflete, necessariamente, o resultado do PIB.

BC corta a Selic em 0,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu de foma unânime cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75%. Com o corte da última quarta-feira (17), a taxa caiu para 2,25% ao ano, uma nova mínima histórica.

Esse corte era esperado pelo mercado. Na última segunda-feira (15), os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, confirmam sua previsão para a Selic em 2,25% até o final do ano.

A decisão da autoridade monetária central foi tomada em um momento de forte contração da atividade econômica no País e no mundo, provocada pela pandemia. O corte da taxa de juros aumenta a liquidez nos mercados para tentar sustentar a demanda e limitar a queda no PIB.

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Segundo o BC, “no cenário externo, a pandemia da Covid-19 continua provocando uma desaceleração pronunciada do crescimento global. Nesse contexto, apesar da provisão significativa de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador”.

Pandemia dá sinais de estabilização

Em entrevista coletiva realizada na tarde da última quarta-feira, o diretor executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que o coronavírus pode ter se estabilizado no Brasil. “Certamente, o aumento do número de casos não está tão exponencial quanto antes. Há alguns sinais de estabilização”.

O representante da OMS, entretanto, reforçou que o quadro do País no combate ao coronavírus “ainda é muito severo”. “Já vimos isso acontecer antes. Pode haver sinais de estabilização por uns dias e a doença voltar a decolar”, dizendo que a mesma situação já foi observada em outros países.

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O executivo disse que o Brasil agora vive um momento de “extrema cautela”. Segundo o diretor, o País precisa manter o foco nas medidas de distanciamento social, melhora de higiene, evitar aglomerações e dar suporte à popuação vulnerável, a que mais têm dificuldade em seguir as medidas para evitar a disseminação da pandemia.

Segundo um consórcio de veículos de imprensa, a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, até às 8h desta quinta-feira (18) o Brasil havia registrado 45.467 mil mortes pelo vírus. Além disso, são 929.149 casos confirmados.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Confira algumas das maiores altas e baixas das ações do Ibovespa por volta das 10h35.

Bolsas no exterior

Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior.

  • Londres (FTSE 100): -0,97%
  • Frankfurt (DAX 30): -1,12%
  • Paris (CAC 40): -1,42%
  • Milão (FTSE/MIB): -1,06%
  • Xangai (SSEC): +0,12% (fechada)
  • Tóquio (Nikkei 225): -0,45% (fechada)
  • Nova York (S&P 500) futuro: -0,68%

Última cotação

Na sessão da última quarta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 2,48%, a 95.852,25 pontos.

Jader Lazarini

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