Ibovespa futuro abre em leve queda, enquanto juros futuros disparam com inflação

O Ibovespa futuro abriu em leve queda nesta sexta-feira (23). Por volta das 9h20, o mercado futuro do maior índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) recuava 0,09%, atento às questões internacionais e situação fiscal do País.

O Ibovespa futuro vai na contramão da maior parte dos mercados no exterior, que operam no azul no aguardo do pacote de estímulos nos Estados Unidos, negociado no Congresso estadunidense. O valor negociado entre o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, fica em torno de US$ 1,9 trilhão.

O mercado também analisa as declarações de Donald Trump e Joe Biden no último debate antes das eleições presidenciais do dia 3 de novembro. Em um evento menos conflituoso em comparação ao encontro do dia 29 de setembro, os candidatos trocaram acusações de corrupção.

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Além disso, Biden questionou Trump pela forma com que foi conduzido o combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já atingiu mais de 8 milhões de pessoas nos Estados Unidos, matando mais de 220 mil. “Este é um problema mundial, e eu tenho sido felicitado por líderes de muitos países pelo que conseguimos fazer aqui”, disse Trump.

Aqui no Brasil, chama atenção dos investidores a declaração do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, dizendo que o coronavoucher, como ficou conhecido o auxílio emergencial, gera um custo que “está contido em 2020 e não passará para 2021”.

Além disso, ele salientou que “mais que uma âncora fiscal, o teto de gastos é super âncora fiscal, temos que seguir”. O presidente Jair Bolsonaro já havia indicado, em entrevistas, que o coronavoucher não seria “para sempre”. O mercado, todavia, continua atento à situação fiscal do País.

A prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,94% em outubro, após ter avançado 0,45% em setembro. Trata-se do maior resultado para o mês desde 1995. No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, as taxas de juros futuras, sobretudo as curtas, operam em forte alta nesta manhã. Por volta das 9h40, os contratos de juros futuros baseados no Depósito Interfinanceiro (DI) negociados na B3 para janeiro de 2022 apresentava uma alta de 3,68%, para 3,38%. Os papéis para janeiro de 2023, sobem 2,81%, para 4,76%; para janeiro de 2025, avançam 1,40%, para 6,52%; para janeiro de 2027, operam com alta de 0,95%, para 7,40%.

Por volta do mesmo horário, o dólar norte-americano era negociado na venda a R$ 5,58, com uma baixa de 0,25%.

O Ibovespa futuro é um contrato derivativo do mercado financeiro negociado sobre a expectativa do valor, em pontos, que o mercado à vista terá em uma data posterior. Além de indicar o possível destino do índice quando o sino de abertura do mercado tocar, os negociadores podem comprar ou vender esse contrato em determinada pontuação para o índice em uma data futura.

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Jader Lazarini

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