Ibovespa fecha em queda; Dólar valoriza mesmo com atuação do BC

O Dólar diminuiu os ganhos, apesar de fechar em alta, enquanto o Ibovespa acabou mais uma vez com queda brusca, em um dia de cautela dos acionistas em relação ao mercado externo, principalmente com as relações americanas com China e Canadá. No mercado interno a preocupação gira em torno da última pesquisa publicada pela DataPoder 360, que coloca Luiz Inácio Lula da Silva, pré candidato a presidência  do PT, na liderança na corrida eleitoral.

O índice da Ibovespa fechou o dia com queda de 2,53% a 76.404 pontos, e o dólar chegou a casa de R$ 4,14 na venda, alta de 0,78%, muito próximo da valorização histórica.

Logo em que a divisa encostou na marca de R$ 4,21 o Banco Central decidiu intervir e anunciou um leilão de swap no valor de total de U$ 1,5 bilhão. A intervenção serve para prover liquidez e manter o bom funcionamento cambial.

Já o dólar se mantêm crescente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que a China está minando os esforços dos Yankees no combate às armas químicas na Coréia do Norte. Trump também assinou um acordo, nesta quinta-feira, aliviando as taxas para a exportação de aço e alumino de alguns países, como o Brasil.

A tensão argentina, grande parceira comercial do Brasil, também repercute para o aumento do dólar. Hoje o banco central argentino aumentou a taxa de juros simples para 60%, além do dólar ter desvalorizado 7,8% ante a moeda americana, trazendo uma grande desconfiança dos empresários estrangeiros.

O Brasil também está no radar dos investidores após o anúncio da pesquisa eleitoral, feita pelo DataPoder 360. O levantamento mostrou o ex-presidente e agora pré-candidato a república pelo PT, Lula, está em primeiro lugar com 30%, seguido por Jair Bolsonaro (PSL) , com 21% das intenções dos votos.

As empresas que tiveram destaque no Ibovespa, nesta quinta-feira, foram Suzano e Fibria que tiveram forte alta com a disparada do dólar, enquanto a Eletrobras teve uma desvalorização de 6,55%, após o leilão de três distribuidoras.

 

Paulo Jaschke

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