Ibovespa fecha em alta com setor financeiro e investimentos estrangeiros
O Ibovespa fechou nesta terça-feira (17) em alta, alcançando seu maior nível desde julho. O resultado positivo do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) foi impulsionado pelas ações do mercado financeiro, que fecharam em forte alta.
O Ibovespa fechou em alta de 0,90% alcançando 104.616,86 pontos. Esse patamar foi alcançado mesmo em um dia em que as ações da Petrobras caíram, após a forte valorização registrada na última segunda-feira (16).
Os investidores também estão de olho no possível novo corte da taxa básica de juros (Selic) por parte do Banco Central (BC). As notícias sobre a possível abertura de capital (IPO) da C&A também influenciaram o resultado do Ibovespa.
Petrobras vai segurar os preços
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que após conversar com o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Roberto Castello Branco, ficou acordado que não haverá mudança no preço do combustível.
Segundo Bolsonaro, a estatal petrolífera segurará o preço dos combustíveis vendidos no mercado interno mesmo com a alta da cotação do petróleo a nível internacional.
Os preços da commodity aumentaram após o ataque registrado no último sábado (14) contra instalações de transporte e refino da maior petroleira do mundo, a Saudi Aramco.
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Esse anúncio assustou os investidores, que perceberam mais uma vez uma interferência do Executivo na gestão da estatal. Por isso, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) fecharam em queda de 1,87%, enquanto os papéis preferenciais (PETR4) em queda de 1,64%.
Corte das taxas básicas de juros dos EUA e do Brasil
Na próxima quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deveria cortar 0,50 ponto percentual da Selic, a taxa básica de juros do Brasil. A inflação estabilizada, economia lenta no Brasil e avanços das reformas fazem com que analistas do mercado aguardem o corte da taxa.
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A previsão que a atual cotação do dólar poderia mitigar as chances de corte da Selic por parte do Banco Central perdeu força nas últimas semanas.
Pesquisas apontaram que a ideia de que a pressão cambial não está causando o aumento da inflação, como já ocorreu no passado. Além disso, a atuação do BC não mais demonstra uma preocupação da entidade monetária com o nível do real. Portanto, esses motivos endossam essa possibilidade do corte da taxa básica de juros.
Segundo Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4), “as expectativas de inflação estão menores do que no Copom anterior e justificam mais dois cortes de 0,50 pp da Selic”.
SoftBank investe no Brasil
O SoftBank está comandando uma rodada de investimento de US$ 110 milhões na plataforma brasileira de artigos domésticos MadeiraMadeira. A informação foi divulgada pela multinacional japonesa nesta terça-feira (17).
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A entrada do SoftBank na operação representa um fato inédito, já que a empresa nunca tinha operado nesta área.
Os recursos levantados irão para o desenvolvimento de logística, tecnologia e experiência do cliente, segundo Daniel Scandian, diretor-executivo da MadeiraMadeira.
A empresa de artigos para o lar já conseguiu levantar US$ 38,8 milhões em outros aportes. Na rodada atual, liderada pelo SoftBank, investidores como Light Street Capital e Flybridge Capital Partners estão incluídos.
IPO da C&A
Com sua abertura de capital planejada, a varejista C&A iniciou, nesta semana, as tratativas com investidores, o chamado “investor education”.
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Especialistas estimam que a C&A possa ter uma alta demanda de investidores pessoa física em seu IPO. Isso porque a companhia possui 282 lojas físicas no Brasil e possui um certo respeito no setor.
Os coordenadores da oferta da varejista são:
- Morgan Stanley;
- Bradesco BBI;
- BTG Pactual;
- Citi;
- Santander;
- XP Investimentos.
De acordo com as informações divulgadas pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, o prospecto preliminar disponibilizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informa que a fatia do varejo está sendo estimada para ficar entre 10% e 20%.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, segunda-feira (16), o Ibovespa encerrou em alta de 0,17% contabilizando 103.680,41 pontos.
