Ibovespa abre em forte alta de 2,1%, a exemplo das bolsas mundiais

O Ibovespa abriu em forte alta de 2,16% nesta quarta-feira (5). Por volta das 10h20, o maior índice acionário do Brasil atingia 103.398,58 pontos, a exemplo das bolsas internacionais que operam no azul.

No entanto, o Ibovespa segue atento à retirada dos recursos de investidores estrangeiros da bolsa brasileira. No mês passado, foram sacados R$ 8,4 bilhões, acumulando a retirada de R$ 84,91 bilhões em 2020.

Além disso, embora os estrangeiros tenham retirado um grande volume de recursos em julho — o maior desde março –, o Ibovespa já subiu aproximadamente 60% desde a sua mínima deste ano. E, mesmo assim, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, entende que não há “bolha” no mercado de capitais brasileiro.

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Investidores estrangeiros retiraram R$ 8,4 bilhões em julho

A B3 (B3SA3) anunciou, na última terça-feira, que o fluxo de investimentos estrangeiros foi negativo em R$ 8,408 bilhões em julho desse ano. Trata-se do maior volume registrado em um mês desde março, quando foram retirados R$ 24,2 bilhões.

Segundo a companhia que adminsitra a bolsa brasileira, o saldo negativo de julho resultou de R$ 288,66 bilhões em compras enquanto as vendas de ações ficaram em R$ 297,07 bilhões.

Dessa forma, no acumulado de 2020, o saldo de investimento estrangeiro na Bolsa de Valores é negativo em R$ 84,91 bilhões, ou seja, os investidores estrangeiros retiraram R$ 84,91 bilhões do mercado acionário brasileiro. De forma comparativa, em todo ano passado, os estrangeiros retiraram R$ 44,5 bilhões.

Por sua vez, o investidor institucional anotou fluxo negativo de R$ 1,362 bilhão no mês passado, embora o saldo esteja positivo em R$ 31,617 bilhões no acumulado do ano. Na contra-mão, os investidores Pessoa Física anotaram um saldo positivo de R$ 9,62 bilhões na bolsa, enquanto no acumulado do ano esse saldo também é positivo em R$ 49,59 bilhões.

Ibovespa não vive momento de irracionalidade, diz Finkelsztain

Segundo o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, a Bolsa de Valores de São Paulo não está exagerando no preço das ações, por mais que uma profunda recessão deva atingir o País nos próximos trimestres. “Não vejo os preços de ativos no Brasil refletindo uma irracionalidade”, disse o executivo em uma entrevista à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) na última terça-feira.

“Muita gente pergunta se estamos tendo uma bolha”, mas Finkelsztain reitera que, na opinião dele, não. O executivo comentou que algumas das empresas da bolsa brasileira estão em setores que se beneficiaram do conturbado período da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), como o comércio eletrônico, e hoje são negociadas a patamares maiores do que o registrado em fevereiro.

Desde o nível mais baixo atingido em 23 de março deste ano, a 63.569,62 pontos, o Ibovespa, principal índice acionário do País, já subiu quase 60% e fechou a última terça-feira (4) a 101.215,87 pontos. No acumulado do ano, a bolsa brasileira acumula uma baixa de 14,66%.

BNDES capta R$ 8 bilhões com venda de ações da Vale

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse, na tarde da última terça-feira, que a instituição levantou R$ 8,1 bilhões com a venda de um bloco de ações da Vale (VALE3), a R$ 60,26 cada.

Montezano salientou que a transação representa o maior “block trade” da história da América Latina. O presidente do BNDES destacou que o preço de venda estável ante o valor de fechamento do dia anterior e 4% abaixo da máxima histórica.

“Mais importante do que as cifras desse marco histórico é ter o BNDES se reposicionando e voltando suas energias, conhecimento e recursos para o desenvolvimento social e ambiental do nosso país”, escreveu Montezano em publicação no LinkedIn.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Confira algumas das maiores altas e baixas das ações do Ibovespa por volta das 10h30.

Bolsas no exterior

Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior.

  • Nova York (S&P 500) futuro: +0,44%
  • Londres (FTSE 100): +0,87%
  • Frankfurt (DAX 30): +0,29%
  • Paris (CAC 40): +0,63%
  • Milão (FTSE/MIB): +0,50%
  • Xangai (SSE Composite): +0,17% (fechada)
  • Tóquio (Nikkei 225): -0,26% (fechada)

Última cotação

Na sessão da última sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 2%, cotado a 102.912,24 pontos.

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Jader Lazarini

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