Ibovespa abre em queda; coronavírus segue no radar

O Ibovespa abriu, nesta sexta-feira (28) em queda. A apreensão dos mercados internacionais, acerca do coronavírus (Covid-19), que operam em queda desde o início da semana, continua refletindo a bolsa brasileira.

Por volta das 10h50, o Ibovespa variava negativamente a 1,05%, a 101.905,99 pontos. A epidemia oriunda na China fez com que os mercados da China registrassem o pior mês desde maio do ano passado.

Além disso, os investidores estão de olho no risco-país, que atingiu o maior patamar desde outubro de 2019.

Covid-19

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, na noite da última quinta-feira (27), o País tinha 132 casos suspeitos do coronavírus. Esse número pode ser ainda maior, pois outras 213 notificações foram enviadas pelos estados e estão em análise.

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Na última quarta-feira (26), o governo confirmou o primeiro caso positivo da doença no Brasil. Trata-se de um homem residente em São Paulo, tem 61 anos, e esteve na Itália no início deste mês.

Nas últimas 24 horas, Nova Zelândia e Nigéria confirmaram os primeiros casos da doença. Além disso, a Coréia do Sul ultrapassou a marca de 2,3 mil pessoas infectadas, tendo 571 novos casos confirmados desde a última quinta. Já são 13 mortes.

A China, epicentro do surto, tem 78,8 mil pessoas contaminadas, com 2,78 mil vítimas fatais. O número de mortos pela epidemia confirmados pelas autoridades chinesas apenas nesta sexta-feira (28) são 29. Levando em consideração todo o mundo, já são mais de 82 mil casos confirmados.

Mercado chinês

Os índices acionários chineses recuaram novamente nesta sexta-feira e terminaram fevereiro como o pior mês desde maio de 2019. Os temores sobre o surto de coronavírus, com a possibilidade de se tornar uma pandemia global, têm pesado sobre os mercados de todo o mundo.

A queda de 3,2% do índice de Xangai neste mesmo, no entanto, é modesta em relação aos outros importantes mercados graças a uma forte alta em meados do mês diante de medidas de apoio do governo.

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Nesta sexta, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 3,55%, enquanto o índice de Xangai teve perdas de 3,71%. Ambos registraram a pior queda diária desde 3 de fevereiro, quando as infecções estavam rapidamente se espalhando no país.

Risco-país

Risco-país brasileiro atingiu, na última quinta-feira (27), o maior patamar em quatro meses. Segundo dados da empresa de consultoria Markit, o spread dos contratos de Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do país subiu de 111 a 131 pontos. Este é o maior nível desde outubro, quando o indicador chegou a 132 pontos.

O índice funciona como uma espécie de seguro para evitar inadimplência em uma operação de crédito. Dessa forma, a seguradora emite um título e assume a responsabilidade de garantir o valor investido caso haja um calote.

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O spread do CDS brasileiro registrou uma alta acumulada de 40%, desde a última sexta-feira (21). O ganho pode ser comparado com países de situação semelhantes na América Latina como México (41,5%) e Colômbia (43,4%).

O risco-país indica o grau de instabilidade econômica, política e financeira de determinada nação. Em síntese, trata-se de uma avaliação de risco de crédito a que investidores e empresas estrangeiras estão submetidas quando investem em um país.

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, quinta-feira (27), o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 2,59% a

Jader Lazarini

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