Ibovespa abre em forte queda com pessimismo sobre o coronavírus

O Ibovespa abre abriu em forte queda nesta quarta-feira (18), após ensaiar uma recuperação na última terça-feira (17). O mercado segue apreensivo com as novas informações sobre o coronavírus (Covid-19), seguindo as bolsas no exterior.

Por volta das 10h20, o Ibovespa variava negativamente a 7,04%, a 69.328,02 pontos. O governo solicitará ao Congresso Nacional o reconhecimento de calamidade pública devido à doença. As restrições de trânsito entre as pessoas tem impactado a economia, fechando escolas e shoppings.

Além disso, os investidores seguem atentos à reunião do Copom, existindo a possibilidade de mais um corte na Selic.

Covid-19

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informou na última terça-feira (17) que o governo irá solicitar ao Congresso Nacional o reconhecimento de estado de calamidade pública em razão dos efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

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De acordo com a nota, se o Congresso reconhecer o estado de calamidade, a União não precisará cumprir a meta fiscal prevista para este ano de um déficit primário de R$ 124,1 bilhões, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Na última terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que autoriza os gestores a usar os saldos de ação em saúde para combater a pandemia da Covid-19. O projeto foi votado com urgência, com 261 votos. O texto agora segue pra o Senado, onde deverá haver uma nova tramitação.

Além disso, o pacote de estímulos à economia, anunciado pelo ministro Paulo Guedes, injetará cerca de R$ 147 bilhões na economia brasileira, com o foco nos mais vulneráveis, com o risco de contrair a doença, e no mercado de trabalho.

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) irá se reunir nesta quarta-feira. O mercado está atento à expectativa de mais um corte na taxa básica de juros da economia (Selic), como forma de flexibilização da política monetária em prol da contenção do avanço do coronavírus no País.

Veja também: Bolsonaro informa que seu segundo teste do coronavírus deu negativo

No último domingo (15), após uma reunião extraordinária, o Federal Reserve (Fed), autoridade monetária central nos Estados Unidos, cortou novamente sua taxa de juros, mantendo-a entre 0% e 0,25%. O presidente norte-americano Donald Trump vinha criticando sistematicamente o banco central dos Estados Unidos por não acelerar os cortes.

Bolsas no mundo

As bolsas de valores asiáticas fecharam em queda. Na Coreia do Sul, uma das nações mais impactadas pela doença, o índice Kospi fechou em queda de 4,86%. Recentemente, a autoridade monetária coreana cortou sua taxa de juros para a mínima histórica.

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A Nikkei 225, principal índice acionário do Japão, terceira maior economia do mundo, fechou em queda de 1,68%. O Hang Seng, em Hong Kong, fechou em baixa de 4,03%, enquanto a Bolsa de Valores de Xangai encerrou a sessão com um recuo de 1,83%.

Por outro lado, as bolsas europeias estão registrando os seguintes resultados, às 9h50 (horário de Brasília):

Última cotação do Ibovespa

No último pregão, na terça-feira, o Ibovespa fechou em alta de 4,85%, a 74.617,24 pontos.

Jader Lazarini

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