Ibovespa abre com leve alta de olho nos resultados da Petrobras e do PIB Chinês

O Ibovespa inicia nesta sexta-feira (18) com uma oscilação levemente positiva.

Por volta das 10h20, o Ibovespa variava 0,17% alcançando 105.193,60 pontos. O mercado reage de forma positiva sobre os recordes de produção da Petrobras (PETR3; PETR4), o que mudou as perspectivas sobre o resultado anual.

Além disso, os investidores estão atentos aos resultados do crescimento econômico da China, o adiamento da tramitação da reforma tributária no Congresso e sanção de Bolsonaro no caso do megaleilão.

Resultados da Petrobras

A Petrobras anunciou dados de sua produção na última quinta-feira (17). No terceiro trimestre deste ano, a petroleira produziu 2,878 milhões de barris de óleo equivalente por dia, um avanço de 14,6% em comparação aos 2,513 barris por dia de 2018. Em relação ao segundo trimestre, a alta foi de 9,3%.

O maior volume produzido neste trimestre foi da região de águas ultraprofundas do pré-sal, que corresponde a 60,4% do resultado da companhia.

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“O desempenho do pré-sal é decorrente do ‘ramp-up‘ das seis plataformas que entraram em produção em 2018 e 2019 (P-74, P-75, P-76 e P-77, no campo de Búzios, e P-67 e P-69, no campo de Lula), que contribuíram com 441 mil bpd no terceiro trimestre”, informou a estatal.

As ações preferenciais da Petrobras abriram esta sexta com uma alta de 0,83%, sendo negociadas a R$ 27,89, por volta das 10h50.

PIB chinês

O crescimento econômico da China vem sofrendo os impactos da guerra comercial que se arrastam há mais de um ano. Neste trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 6% na comparação com o ano passado, o pior resultado em quase 30 anos. No trimestre anterior, o crescimento foi um pouco maior, de 6,2%.

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Dados fracos da China nos últimos meses demonstra a demanda mais fraca interna e externa. É consenso entre analistas que a disputa comercial com os norte-americanos afeta a produção industrial.

A expansão da economia no terceiro trimestre de 2019, que ficou abaixo da expectativa de crescimento de 6,1%, foi a mais lenta desde o primeiro trimestre de 1992. A meta do governo para o ano é de um crescimento entre 6,0% e 6,5%.

Reforma tributária adiada

Devido à dificuldade de articular uma ampla agenda de reformas até o fim de 2019, o governo vai adiar a reforma tributária e buscar em uma redução de despesas junto ao Congresso Nacional.

A reforma tributária será adiada em detrimento da Proposta de Emenda Contitucional (PEC) Emergencial para o cumprimento do teto de gastos, mecanismo que limita o crescimento de despesas sobre a inflação, nos próximos dois anos. A equipe econômica pretende aprovar um pacote de redução de aproximadamente R$ 30 bilhões nas despesas.

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Além disso, os problemas internos do partido base do governo também fizeram com que equipe de Paulo Guedes escolha postergar a sua proposta de simplificação da carga tributária.

A reforma tributária, uma das principais medidas que objetivam destravar o desenvolvimento econômico do País, deverá ser enviada de forma fatiada a partir do ano que vem. A primeira fase será focada na junção do PIS e Cofins.

Bolsonaro sanciona megaleilão

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou, na última quinta-feira (17), a lei que define como funcionará a distribuição dos recursos advindos do megaleilão do pré-sal. O anúncio foi feito por meio de uma edição extra do “Diário Oficial da União”.

O leilão do pré-sal está marcado para novembro deste ano. O governo pretende captar R$ 106,5 bilhões com o excedente da commodity na região. Em um contexto de escassez, o leilão pode fazer com que diversas petroleiras ao redor do mundo se interessem pela oferta brasileira.

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Após a votação, a estimativa é de que prefeitos e governadores recebam o montante de R$ 21,9 bilhões no caixa até o final de 2019.

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, quinta-feira, o Ibovespa encerrou em queda de 0,39% a 105.015,77 pontos.

Jader Lazarini

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