Ibovespa abre em leve queda após a divulgação da queda do PIB

O Ibovespa abriu em leve queda nesta sexta-feira (29), após a divulgação da queda de 1,5% do PIB brasileiro no primeiro trimestre deste ano, segundo informações do IBGE.

Por volta das 10h35, o Ibovespa variava negativamente 0,68%, a 86.357,47 pontos. O mercado está atento à coletiva do presidente Donald Trump nesta sexta-feira. Existe o rumor de que o mandatário anuncie retaliações à China devido à intervenção em Hong Kong.

Ademais, os investidores seguem atentos às ferramentas do Banco Central para o combate dos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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PIB brasileiro

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao trimestre anterior. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (29).

Este resultado do PIB considera o desempenho da economia entre janeiro e março de 2020. As medidas de restrição da atividade econômica para conter o avanço da pandemia começaram a entrar em vigor a partir da segunda metade de março.

“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos”, disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Segundo o IBGE, os dados mostram uma mudança no ritmo em relação aos períodos anteriores. “A queda do PIB do primeiro trimestre deste ano interrompe a sequência de quatro trimestres de crescimentos seguidos e marca o menor resultado para o período desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%).”

A retração da economia no País foi influenciada por uma queda de 1,6% no setor de serviços, que possui a maior representatividade no PIB, com 74%. Além disso, a indústria também caiu (-1,4%). Já a agropecuária cresceu 0,6%.

Tensão geopolítica

O presidente norte-americano Donald Trump informou, na última quinta-feira (28), realizará uma coletiva de imprensa sobre sobre os conflitos com a China nesta sexta-feira.

O mandatário não deu detalhes específicos sobre o que falará, no entanto, há a expectativa do anúncio de retalizações ao gigante asiático com a aprovação da nova lei de segurança em Hong Kong.

Confira: PIB da França e da Itália recua 5,3% no primeiro trimestre de 2020

Segundo analistas, a decisão do Congresso do Povo chinês pode ser vista como uma afronta ao presidente dos EUA, Donald Trump, que já havia ameaçado sanções à China pela intervenção na cidade semi-autônoma.

O congresso da China aprovou por 2.878 votos à favor e um contra, com seis abstenções, a lei que proíbe subversão, secessão, terrorismo e interferência estrangeira em Hong Kong. Para Trump, a decisão viola as liberdades essenciais da cidade semi-autônoma, que protagoniza protestos pró-democracia desde o início de 2019.

Na última quarta-feira (27), a Casa Branca afirmou que não poderá mais reconhecer a autonomia de Hong Kong em relação à China, assegurada desde a entrega da cidade por parte do Reino Unido, há 23 anos.

Política monetária não está esgotada, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou na última quinta-feira que os membros da autoridade monetária central do País entendem que a ferramenta “política monetária não está esgotada”.

Para o economista, recorrer a outros instrumentos antes mesmo de consumir a ferramenta, pode acabar criando um prejuízo para a credibilidade da autarquia federal, o que seria ainda pior segundo Campos Neto.

Saiba mais: Trump assina decreto que permite processar redes sociais

O presidente da autoridade monetária pontuou ainda que não se sabe o ponto exato do lower bound, o nível de juros inferior do qual a política monetária perde a eficácia para estimular a economia. Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) também divergem sobre esse patamar.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Confira algumas das maiores altas e baixas das ações do Ibovespa por volta das 10h50.

Bolsas no exterior

Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior.

  • Londres (FTSE 100): -1,44%
  • Frankfurt (DAX 30): -1,03%
  • Paris (CAC 40): -0,80%
  • Milão (FTSE/MIB): -0,41%
  • Xangai (SSEC): +0,22% (fechada)
  • Tóquio (Nikkei 225): -0,18% (fechada)
  • Nova York (S&P 500) futuro: -0,44%

Última cotação

Na sessão da última quinta-feira, o Ibovespa encerrou em queda de 1,13%, a 86.949,09 pontos.

Jader Lazarini

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