Ibovespa abre em alta de 1,3% com a cotação do petróleo no radar

O Ibovespa abre em alta nesta terça-feira (2) com o acordo da Opep e a cotação do petróleo no radar.

Por volta das 10h30, o Ibovespa operava em alta de 1,36%, retornado aos 89.822,96 pontos. O mercado acionário está positivo quanto a discussão entre a Opep e a Rússia, o que tem refletido na valorização da cotação do petróleo.

Além disso, segue no radar dos investidores a reabertura gradual de alguns países da Europa, escalada de tensões entre as duas maiores potencias do mundo e as manifestações contra o racismo nos EUA.

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Petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia estão discutindo ampliar a duração do acordo firmado em abril para estabilizar os preços do barril no mercado internacional.

Membros da Opep estão analisando manter por mais um ou três meses o corte de 9,7 milhões de barris diários do mercado. A decisão foi tomada em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Dessa forma, a cotação do Petróleo WTI, por volta das 10h20, subia 0,42%, sendo negociado a US$ 35,59, e o Petróleo Brent valorizava 0,38% cotado a US$ 38,70. A alta cotação da commodity reflete nos papéis da Petrobras. A PETR3 (ordinária) variava a 1,29%, sendo negociada a R$ 21,22 e a PETR4 (preferencial) subia 1,57%, cotada a R$ 20,65.

Reabertura da Europa

A partir da próxima quarta-feira (3), a Itália iniciará uma nova fase de reabertura. Serão permitidas viagens para outros países membros da União Europeia.

A França segmentou o país em áreas verdes e vermelhas. Os locais verdes apresentam baixo contágio e as atividades podem ser retomadas gradual. Áreas vermelhas devem permanecer com restrições. Portugal, Espanha e Reino Unido também anunciaram medidas de reabertura.

Tensão geopolítica

O mercado acionário está atento a escalada de tensão entre as duas maiores economias do mundo.  O governo da China ordenou, na última segunda,  que as empresas agrícolas estatais interrompessem a compra de alguns produtos norte-americanos enquanto Pequim avalia as tensões com os Estados Unidos sobre Hong Kong.

Saiba Mais: China quer suspender compras de produtos agrícolas dos EUA, diz agência

Além disso, compradores chineses cancelaram encomendas de carne suína dos EUA. A suspensão é um sinal de que o acordo comercial entre as duas maiores potencias está em risco. No mês passado, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, reiterou a promessa de implementar o acordo assinado em janeiro, porém, as tensões continuaram a aumentar desde então.

No entanto, de acordo com a agência de notícias “Bloomberg”, os EUA venderam várias cargas de soja para clientes estatais da China. Portanto, é um sinal de que algumas transações ainda estão em andamento.

Manifestações nos EUA

Além da pandemia do coronavírus, que causou o desemprego de aproximadamente 40 milhões de pessoas, os protestos contra o racismo estão no radar dos investidores.

Manifestantes voltaram às ruas dos EUA na última segunda, no 7° dia de protesto após a morte do ex-segurança George Floyd. Desde o início das manifestações ao menos cinco pessoas morreram.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ontem, que pode mobilizar militares para “acabar com protestos” que vê tomando conta do país.”Estou mobilizando milhares e milhares de soldados fortemente armados”.

“Se uma cidade ou estado se recusar a tomar as medidas necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, então enviarei as forças armadas dos Estados Unidos e rapidamente resolverei o problema para elas”, completou Trump.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação

Na última sessão, segunda-feira, o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 1,39%, a 88.620,10 pontos.

Poliana Santos

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