Ibovespa em alta; Mercado aguarda novidades da reforma da Previdência

Na contramão do dólar, o Ibovespa inicia a sessão desta segunda-feira (1) em alta.

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, segue no mesmo ritmo da última semana e inicia o mês de abril com alta de 0,69% e 96.068,62 pontos. Após a trégua entre Bolsonaro e Maia, o Ibovespa voltou a operar em alta e o cenário mais positivo em relação a tramitação da reforma da Previdência, vai tirando pouco a pouco a insegurança dos investidores.

Nesta semana, a ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à CCJ para explicar a reforma deve marcar o pontapé para a avaliação da proposta.

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Principais assuntos que devem movimentar o mercado nesta segunda:

  • Reforma da Previdência;
  • Bolsonaro e tributação;
  • Acionistas e Petrobras;
  • Vale e o bloqueio de bens.

Reforma da Previdência

O mercado segue com olhos atentos à Reforma da Previdência e ao governo de Jair Bolsonaro que chega ao seu quarto mês.

Serão avaliados durante os dias, possíveis movimentações sobre a tramitação da reforma, que já tem seu relator escolhido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Delegado Marcelo Freitas, do PSL.

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Além disso, na próxima quarta-feira (3) o ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá explicar a reforma da Previdência na CCJ.

De acordo com o “Valor Econômico”, a reforma tem maioria na CCJ. O jornal afirma que se a proposta entrasse hoje em votação, teria 35 votos a favor, 21 conta e 10 indecisos.

Bolsonaro e a tributação

O presidente Jair Bolsonaro afirmou no final de semana, pelo Twitter, que o Ministério da Economia estuda a redução dos tributos sobre empresas, com o objetivo de reaquecer a economia nacional.

De acordo com ele, a redução na taxa de Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica seria compensada pela tributação dos dividendos das companhias.

Bolsonaro disse que a medida tem como objetivo gerar “competitividade interna, empregos, barateamento de produtos e competitividade também no exterior”.

Acionistas e Petrobras

Acionistas minoritários e a União perderão o direito de opinar sobre privatizações.

A medida faz parte da reestruturação da Petrobras implementada pelo o presidente da estatal, Roberto Castello Branco. Dessa forma, o executivo ganhará novas atribuições.

Além disso, Castello Branco assumirá o programa de venda de ativos e acompanhará de perto as negociações, como as refinarias. Após fechar uma privatização, irá encaminha-la para o concelho. Só o órgão poderá interpelar a venda.

Vale e o bloqueio de bens

A 1º Vara Civil da Comarca de Nova Lima (MG) bloqueou de R$ 1 bilhão em recursos da Vale, em 29 de março, segundo a própria mineradora.

A ação tem como objetivo “resguardar a reparação de danos causados às pessoas atingidas pela evacuação da Zona de Auto Salvamento da barragem da Vargem Grande, assim como de potenciais danos às pessoas e ao meio ambiente em caso de rompimento”.

Em fato relevante nesta segunda-feira (1), a empresa afirmou que a Justiça determinou que a companhia se abstenha de praticar qualquer “ato tendente a construir, operar, alterar e/ou utilizar a Barragem Vargem Grande, bem como adote certas medidas visando garantir a estabilidade e segurança da barragem e das outras estruturas integrantes do complexo minerário onde está situada”.

Última cotação

Na última sexta-feira (29), o Ibovespa fechou a sessão com uma alta de 1,09% somando 95.414,55 pontos.

Renan Bandeira

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