Ibope: Bolsonaro lidera, Haddad cresce na disputa pelo segundo turno

Em pesquisa divulgada na noite de ontem, o Ibope mostra um cenário um pouco diferente do apontado pelo Datafolha. Segundo a pesquisa, as intenções de voto em Jair Bolsonaro (PSL) subiram de 22% para 26%, um aumento além da margem de erro e que pode ser relacionado ao atentado sofrido pelo candidato na véspera do feriado de 7 de setembro.

Quatro candidatos disputam uma vaga no segundo turno, em empate técnico. Em relação à última pesquisa, somente Fernando Haddad (PT) apresentou crescimento nesse grupo, subindo de 6% a 8% das intenções. Enquanto isso, Ciro Gomes (PDT) caiu de 12% para 11%; Marina Silva (Rede) caiu de 12% para 9%; Geraldo Alckmin (PSDB) manteve-se estável em 9% das intenções de voto.

Vale lembrar que quando houve o levantamento, entre 8 e 10 de setembro, Haddad ainda não havia sido oficializado como candidato do PT. Isso ocorreu ontem, em Curitiba.

Mais abaixo na lista das intenções de voto, Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) apresentam 3% das intenções de voto. Vera Lúcia (PSTU) e Cabo Daciolo (Patriota) tem 1%, e os outros candidatos não pontuaram. 19% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou anulariam o voto, e 7% declararam não saber ou não responderam.

Nas simulações de segundo turno o Ibope também se diferencia do Datafolha. Enquanto na outra pesquisa Bolsonaro aparecia perdendo em todos os cenários exceto Haddad, com quem estaria em empate técnico, no Ibope todos os cenários com Bolsonaro mostram empate técnico:

  • Ciro 40% x 37% Bolsonaro (branco/nulo: 18%; não sabe/não respondeu: 4%)
  •  Alckmin 38% x 37% Bolsonaro (branco/nulo: 21%; não sabe/não respondeu: 4%)
  • Marina 38% x 38% Bolsonaro (branco/nulo: 20%; não sabe/não respondeu: 4%)
  • Haddad 36% x 40% Bolsonaro (branco/nulo: 19%; não sabe/não respondeu: 5%)

Vale lembrar que a pesquisa do Datafolha foi realizada somente no dia 10 de setembro, enquanto o Ibope fez seu levantamento entre os dias 8 e 10. Bolsonaro continua sendo o candidato com maior rejeição, com diminuição de 44% para 41%.

 

Daniel Quandt

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