IBGE revisa crescimento do PIB de 2018 para 1,8%, ante 1,3%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (6) que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2018 cresceu mais do que o estimado anteriormente. De acordo com a atualização, a alta passou de 1,3% para 1,8%, somando R$ 7,004 trilhões.

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O IBGE informou que o novo resultado do PIB de 2018 foi calculado com base nas Contas Nacionais Anuais, ao passo que a estimativa anterior foi baseada nas Contas Nacionais Trimestrais, revisada em novembro de 2019, na divulgação do terceiro trimestre do ano passado.

A revisão “decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados, advindos da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e de dados do imposto de renda, para o conjunto das atividades de serviços”, anunciou o instituto.

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De acordo com a atualização, o Produto Interno Bruto per capita foi de R$ 33.594, representando uma alta de 1,0% em relação a 2017. Além disso, nos dados definitivos calculados pelas Contas Nacionais Anuais, o crescimento da economia em 2018 foi impulsionado, principalmente, por:

  • Aumento de 2,1% nos serviços.
  • Aumento de 1,3% na agropecuária;
  • Aumento de 0,7% na indústria;

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,3% em 2018 ante 2017. Já a despesa de consumo final do governo cresceu 4,9% em termos nominais.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), conta de todos os investimentos na economia, subiu 5,2%, depois de quatro anos seguidos de queda. Deste modo, a taxa de investimento ficou em 15,1% do PIB em 2018, 0,5 ponto acima do registrado no ano anterior, quando atingiu o menor nível desde 1995, informou o IBGE.

Ainda sob a ótica da demanda, em 2018, as exportações cresceram 4,1%, enquanto as importações, 7,7%, resultando em uma contribuição negativa do saldo externo para a variação do PIB.

Banco Central estima queda de 4,5% do PIB em 2020

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou no dia 19 de outubro a estimativa de uma queda de 4,5% no Produto Interno Bruto do Brasil este ano. Trata-se de uma melhora na perspectiva econômica visto que no final de setembro o BC havia projetado queda de 5% no último Relatório de Inflação (RTI).

“Entre os emergentes, fomos o país que mais gastou na pandemia, com o auxílio emergencial e outras medidas, mas também fomos o que caiu menos e que teve recuperação mais forte”, disse Campos Neto em um evento virtual promovido pelo Milken Institute.

A projeção do presidente permanece abaixo das expectativas dos especialistas ouvidos pelo BC, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, que estimam uma retração de 5%. No entanto, acima da projeção do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse nesta segunda, em vídeo gravado para Câmara de Comércio dos EUA, que a economia deverá recuar 4% este ano. Porém, a previsão oficial do Ministério da Economia permanece sendo uma queda de 4,7%.

No segundo trimestre deste ano, o PIB do Brasil caiu 9,7%, em comparação com o primeiro trimestre quando registrou queda de 1,5% . Desse modo, o país entrou em recessão técnica após duas baixas consecutivas. Trata-se da maior queda trimestral registrada desde o início da série histórica revisada, em 1996.

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Rafaela La Regina

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